A iniciativa, que reuniu mais de um milhão de assinaturas no mundo inteiro, incluindo 59.818 em Portugal, junta Amnistia Internacional, American Civil Liberties Union, Human Rights Watch, Demand Progress e CREDO Action, no âmbito da campanha Pardon Snowden.
Em 2013, Edward Snowden divulgou a alguns órgãos de comunicação social uma série de documentos que tornaram conhecidos os programas de vigilância maciça e ilegal a cidadãos em todo o mundo levados a cabo por agências de serviços secretos.
A Amnistia Internacional considera que “Edward Snowden agiu no interesse público” ao fazer a “denúncia de práticas ilegais pelo Estado” e sustenta que “ninguém deve ser acusado por revelar informações sobre violações de direitos humanos”.
Perante a acusação de “traição” que Edward Snowden enfrenta nos Estados Unidos e “a falta de garantias de lhe ser prestado um julgamento justo no país natal”, os promotores da petição instam Barack Obama a perdoá-lo antes de terminar o seu mandato presidencial, na sexta-feira, dia 20.
Edward Snowden, 33 anos, ex-analista informático, está exilado na Rússia desde 2013.
“Sem ele, o mundo continuaria na ignorância sobre uma colossal invasão de privacidade, e, com o que ele fez, assistimos agora a um emergente movimento global que luta pelos direitos humanos online”, frisa a organização.
A Amnistia Internacional Portugal vai entregar a petição a uma delegação da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, composta pelo conselheiro político Gregory Macris e pela assessora para os assuntos políticos Georgina Félix, que serão recebidos na sede da organização, às 11:00.
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