“Trata-se do primeiro cargo aceite por Merkel desde que cessou funções como chanceler em dezembro de 2021”, destacou a Fundação Calouste Gulbenkian, em comunicado.
O Prémio Gulbenkian para a Humanidade distingue pessoas, grupos ou organizações de todo o mundo que se destaquem no combate à crise climática. Foi atribuído pela primeira vez, em 2020, à jovem ativista sueca Greta Thunberg, que decidiu distribuir o montante por vários projetos ambientais e humanitários.
Entre as potenciais áreas de reconhecimento pelo prémio, estão as que possam contribuir para reduzir ou remover emissões de gases com efeito de estufa, as ações para aumentar a resiliência das pessoas e do ambiente aos impactos das alterações climáticas e ainda a mobilização de recursos financeiros, públicos ou privados, para acelerar a descarbonização da economia.
No ano passado, o prémio foi atribuído ao Pacto de Autarcas para o Clima e Energia, a maior aliança global para a liderança climática das cidades, sendo constituída por mais de 10.600 cidades e governos locais de 140 países, incluindo Portugal, de acordo com a informada divulgada pela fundação.
O montante do prémio foi utilizado para apoiar a transição energética e a resiliência climática em África, tendo sido financiados “projetos de grande dimensão” em cinco cidades no Senegal (fornecimento de água potável) e numa cidade nos Camarões (desenvolvimento de soluções de eficiência energética).
Fazem parte do júri, Miguel Bastos Araújo (investigador no Museu Nacional de Ciências Naturais, em Madrid e catedrático de Biogeografia na Universidade de Évora, Prémio Pessoa 2018), Hans Joachim Schellnhuber (fundador e diretor emérito do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático e professor emérito na Universidade de Tsinghua, na China), Johan Rockström (diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático e Professor de Ciências do Sistema Terrestre na Universidade de Potsdam), Miguel Arias Cañete (antigo comissário europeu da Energia e Ação Climática), Rik Leemans (diretor do Grupo de Análise de Sistemas Ambientais, Universidade de Wageningen e Wageningen e editor-chefe da revista internacional Current Opinion in Environmental Sustainability), Runa Khan (fundadora e diretora executiva da ONG Friendship e presidente da Global Dignity Bangladesh) e Sandra Díaz (bióloga, professora de Ecologia na Universidade Nacional de Córdoba e membro da Royal Society) e Sunita Narain (diretora do Centro de Ciência e Ambiente em Deli e editora da revista Down To Earth).
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