As duas esculturas integravam os jardins da embaixada de França em Angola em 1979, altura em que o Estado angolano adquiriu o edifício. Após um estudo de especialistas franceses, concluiu-se que este conjunto de esculturas teria integrado os jardins originais do Palácio de Versalhes concebidos nas épocas de Luís XIV e Luís XV, tendo o Estado angolano concordado em devolver as peças à instituição francesa.

"O Estado angolano concordou em doar as esculturas ao Estado francês, em nome das excelentes relações de cooperação bilateral incluindo no domínio da Cultura, e tomando em consideração o grande respeito que Angola nutre pela história, pelo património e pela identidade cultural dos povos, reafirmando deste modo, a sua convicção sobre a primazia de cada país no usufruto da sua própria criação artística", lê-se na nota da embaixada de Angola em Paris enviada às redações.

O ministro da Cultura, Turismo e Ambiente angolano encontra-se hoje no Palácio de Versalhes com a sua homóloga francesa, Roselyne Bachelot, inaugurando em conjunto uma exposição sobre a reposição das duas obras, Zéphyr, Flore et l’Amour e Abondance.

A exposição ficará patente no Palácio de Versalhes durante três meses. As peças vão integrar na sua descrição a menção da doação da República de Angola e a França vai entregar duas réplicas em julho ao Governo angolano.

Além da doação das obras, os dois Estados vão ainda promover "o intercâmbio entre profissionais de ambos os países no domínio dos museus e do património", com a deslocação a Versalhes de técnicos angolanos e "no domínio da definição e implementação de políticas e de legislação cultural", com especialistas franceses a visitarem ainda este ano Angola.

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