No entanto, o regresso iminente ao poder do partido associado à sua família, o Pheu Thai, poderá dar-lhe a esperança de um perdão ou de garantir uma redução da pena.
O bilionário de 74 anos, que esteve no poder entre 2001 e 2006 antes de ser derrubado por um golpe de Estado, deverá passar oito anos atrás das grades por três casos julgados na sua ausência, relacionados com a sua gestão do país e da sua antiga empresa Shin Corp, decidiu o mais alto tribunal do reino.
Acusado de corrupção, o magnata das telecomunicações foi levado sob escolta policial para o Supremo Tribunal pouco depois de ter chegado ao aeroporto Don Mueang de Banguecoque, no seu jato privado, proveniente de Singapura.
O regresso do veterano político, considerado o cérebro do Pheu Thai – que dominou a política tailandesa nos últimos anos e ficou em segundo lugar nas eleições de maio – coincide com a sessão parlamentar de hoje, na qual se espera que o candidato deste partido, Srettha Thaivisin, seja eleito primeiro-ministro.
Desde a revolta que derrubou Thaksin, a Tailândia tem vivido em profunda instabilidade política que tem mantido o país num ciclo entre protestos antigovernamentais, períodos ditatoriais liderados por militares e vazios democráticos.
Numa tentativa de conquistar o poder, o Phue Thai anunciou uma aliança com duas formações ligadas aos militares que realizaram o golpe de Estado em 2014 contra o Governo de Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin, que também venceu as eleições de 2011 à frente do Phue Thai e que se exilou.
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