“Hoje é um dia de júbilo porque assistimos ao início do segundo mandato do engenheiro António Guterres, o que demonstra bem não só o acerto da sua primeira candidatura, mas também a apreciação positiva que todos os países fazem da forma como exerceu o seu primeiro mandato e recordar que este mandato, felizmente, se inicia num contexto bastante diferente e mais auspicioso”, afirmou António Costa.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas portugueses na cidade belga de Bruges, onde participou na cerimónia de encerramento do ano académico 2020-21 do Colégio da Europa, que teve como ‘patrono’ o antigo chefe de Estado e de Governo Mário Soares.
Horas antes de a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, proceder à votação da recomendação unânime do Conselho de Segurança para a recondução do antigo primeiro-ministro português (1995/2002) no cargo de secretário-geral da ONU, António Costa referiu que a atual pandemia “demonstrou mais do que nunca que uma ação coletiva a nível mundial é absolutamente vital”, relembrando que “enquanto não estiver toda a humanidade vacinada”, ninguém estará “verdadeiramente protegido”.
“Vivemos anos em que as ameaças contra o multilateralismo foram muito significativas, de pressão e de asfixia das Nações Unidas e das suas instituições foram muito significativas, hoje felizmente com as eleições americanas virámos uma página. (…) Há hoje uma nova consciência da necessidade de ação coletiva a nível internacional”, salientou António Costa.
Nesse sentido, o chefe de Governo considerou que essa consciência “torna obviamente este mandato um mandato com condições bastante auspiciosas” para o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“E estou certo que permitirá ao engenheiro António Guterres todas as suas extraordinárias qualidades, que nós já conhecemos, e que terá agora a oportunidade de demonstrar plenamente em melhores condições nas Nações Unidas”, frisou.
A 08 deste mês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, com 15 Estados-membros, aprovou por unanimidade um documento que seguiu para a Assembleia Geral, de 193 Estados-membros, para recomendar a recondução de António Guterres no cargo de secretário-geral.
A recandidatura de António Guterres, para que o antigo primeiro-ministro português e antigo alto-comissário da ONU para os Refugiados se disponibilizou no início deste ano, foi oficialmente anunciada pelo Governo português a 24 de fevereiro, com uma carta assinada por António Costa e endereçada aos dois órgãos da ONU.
Depois de a Assembleia Geral proceder à aprovação e confirmação formal da escolha, António Guterres vai tomar posse como secretário-geral pela segunda vez, para um mandato até final de 2026.
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