António Costa manifestou hoje a sua convicção sobre a futura decisão das instituições europeias no que respeita à saída de Portugal, antes do verão, do Procedimento por Défice Excessivo. O primeiro-ministro falava na abertura de um jantar da Câmara do Comércio Luso-Colombiana, em que tinha entre os convidados o antigo ministro social-democrata José Pedro Aguiar-Branco.
"Tudo indica que antes do verão sairemos do Procedimento por Défice Excessivo. É uma viragem de página muito importante para a nossa imagem internacional, para a nossa estabilidade macroeconómica e para podermos prosseguir o esforço que as empresas e famílias têm feito para termos finanças públicas mais consolidadas, mais crescimento económico e mais emprego", declarou o primeiro-ministro.
Esta posição do líder do executivo nacional seguiu-se a uma declaração sobre o mesmo tema feita à agência Lusa pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, o francês Pierre Moscovici.
"Espero que essa saída seja possível e seja rápida, é isso que vamos examinar nos dias e semanas que se seguem", declarou Moscovici à agência Lusa, à margem de um debate no Parlamento Europeu.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro revelou que o chefe de Estado colombiano, Juan Manuel Santos, vai visitar Portugal este ano e apresentou Portugal como um país "construtor de pontes".
"Portugal é um construtor de pontes no plano da engenharia, mas é também um construtor de pontos na diplomacia, na economia e na cultura. A abertura de Portugal ao mundo é uma vantagem competitiva importante", defendeu, num discurso em que também definiu o país como sendo agora caraterizado pela "estabilidade".
Como exemplo, Costa invocou então o exemplo de o novo presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) ter agora como presidente Luís Castro Henriques, que era o "número dois" da anterior direção e que assim "garante uma continuidade estratégica".
Em relação à Colômbia, o primeiro-ministro referiu que ainda há poucos anos os portugueses apenas conheciam este país da América do Sul pelos livros de Gabriel Garcia Marquez.
"Cada vez conhecemos melhor a Colômbia do ponto de vista económico e político. Temos um enorme potencial para aumentar as nossas exportações para a Colômbia, país que, tal como Portugal, está num momento de viragem", advogou António Costa.
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