"A situação no Médio Oriente encontra-se de tal forma num caos que se tornou uma ameaça à paz e à segurança internacional. E hoje em dia a Síria representa a mais séria dimensão dessa ameaça", escreveu António Guterres na sua conta de Twitter.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu moderação e que os países evitem qualquer ato que possa provocar uma escalada violenta na Síria, após Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearem o país.
"Apelo a todos os estados-membros que mostrem moderação diante destas perigosas circunstâncias e que evitem qualquer ação que possa provocar uma escalada da situação e piorar o sofrimento do povo sírio", declarou Guterres.
"Qualquer uso de armas químicas é abominável. O sofrimento que causa é terrível", reconheceu Guterres, destacando que também é importante atuar de acordo com a carta das Nações Unidas e o direito internacional.
O secretário-geral exortou o Conselho de Segurança da ONU a autorizar uma investigação para identificar os que usaram armas químicas.
A Rússia vetou esta semana uma proposta dos Estados Unidos para estabelecer uma comissão de investigação sobre o recente suposto ataque com armas químicas que matou mais de 40 pessoas na cidade de Duma, nos arredores de Damasco.
"A guerra fria voltou"
"A guerra fria voltou", tinha dito esta sexta-feira Guterres, na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas pedida pela Rússia, para discussão das tensões em torno da Síria, depois de os Estados Unidos ameaçarem intervir militarmente, em resposta ao suposto ataque químico do passado sábado, atribuído ao regime sírio de Bashar al-Assad.
Guterres insistiu na necessidade de as potências internacionais pactuarem no sentido de colocar em marcha um mecanismo que atribua responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria, e que existiu até novembro último, altura em que a Rússia o bloqueou.
NATO apoia ataque à Síria
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, manifestou o seu apoio aos ataques realizados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido contra a Síria, em resposta a supostos ataques químicos realizados pelo regime de Bashar al Assad há uma semana.
"Isto vai reduzir a capacidade do regime de voltar a atacar o povo da Síria com armas químicas", disse Stoltenberg num comunicado divulgado após o anúncio da operação.
Notícia atualizada às 8h42m
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