A semana passada, o então coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, anunciou que iria sair daquele órgão parlamentar para lhe poder dar a “tranquilidade necessária”, acabando com o que considerou um “clima de suspeição”, após uma notícia de alegado favorecimento do Correio da Manhã.
Hoje, em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PS disse que Carlos Pereira ainda fará a reunião da comissão de inquérito de hoje à tarde, mas depois entregará a sua carta de saída.
António Lacerda Sales, antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, vai substituir Carlos Pereira e integrar assim a comissão de inquérito à TAP, acrescentou Eurico Brilhante Dias.
Na semana passada, fonte parlamentar do PS tinha anunciado que o deputado socialista Bruno Aragão será o novo coordenador do partido na comissão de inquérito à gestão da TAP, substituindo Carlos Pereira neste cargo.
Na quinta-feira à noite, Carlos Pereira anunciou que deixaria todas as funções neste órgão parlamentar, após uma notícia de alegado favorecimento do Correio da Manhã.
Em conferência de imprensa no dia seguinte, Carlos Pereira salientou que tomou esta decisão para dar a “tranquilidade necessária” à comissão de inquérito, e acabar com um “clima de suspeição”.
O jornal Correio da Manhã noticiou um alegado perdão de parte (66 mil euros) de uma dívida de Carlos Pereira enquanto avalista de uma empresa que faliu em 2015.
O deputado do PS defendeu que “é falso que tenha havido um perdão” da dívida, rejeitando também qualquer tipo de favorecimento ou incompatibilidades por ter participado na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, entre 2016 e 2017.
Carlos Pereira rejeitou ainda que tenha decidido sair por antecipar um parecer desfavorável da comissão parlamentar de Transparência relativo à sua participação numa reunião com assessores governamentais e a presidente executiva da TAP na véspera de uma audição parlamentar.
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