O anúncio foi feito no final da conferência pelos dois coorganizadores do evento, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro da Suécia, país que assegura neste semestre a presidência rotativa do Conselho da UE, Ulf Kristersson.
“Estou orgulhoso de anunciar que há um apoio novo substancial, pois o total de promessas de ajuda hoje ascende a 7 mil milhões de euros”, anunciou Kristersson.
Por seu lado, a presidente do executivo comunitário afirmou-se “muito feliz” com a resposta da comunidade internacional ao apelo para apoiar as populações da Turquia e da Síria, considerando o montante total de ajudas prometidas “extraordinário”, e mesmo “acima das expectativas”.
Na abertura da conferência, Von der Leyen anunciara que só a Comissão Europeia “ia apoiar a Turquia com mil milhões de euros para a reconstrução pós-sismo”, adotando ainda “um pacote de 108 milhões de euros para ajuda humanitária e início da recuperação na Síria”.
No final do evento, a presidente do executivo comunitário anunciou a celebração de uma nova conferência de doadores a 14 de junho dedicada exclusivamente às vítimas na Síria.
A 6 de fevereiro passado, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter e as réplicas que o sucederam devastaram regiões inteiras da Síria e da Turquia, tendo morrido pelo menos 50 mil pessoas.
A conferência de hoje era aberta a todos os Estados-membros da UE, assim como aos “países vizinhos”, às Nações Unidas, “instituições financeiras e outros atores relevantes”.
De acordo com as Nações Unidas, mas também segundo as estimativas do Banco Mundial, Bruxelas e do próprio Governo da Turquia, a reconstrução nas áreas afetadas terá um custo aproximado de 94 mil milhões de euros.
As Nações Unidas estimam que mais de 8 milhões de pessoas na Síria (país envolvido numa guerra civil há mais de uma década) precisem urgentemente de ajuda, incluindo 4,1 milhões de pessoas em áreas controladas pela oposição no norte do país e quatro milhões de pessoas em áreas controladas pelo regime de Damasco.
Desde a tragédia, 2,7 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas por terem sido destruídas ou terem ficado fortemente danificadas.
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