No 42.º Congresso, o PSD elegeu os novos órgãos do partido e aprovou a moção de estratégia global e as 12 propostas temáticas levadas a votação. Mas o fim-de-semana serviu para dar outros recados, e o líder do partido e primeiro-ministro, Luís Montenegro, reforçou a confiança no chefe do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, ao mantê-lo como presidente da mesa do congresso, contra críticas internas.
Sob o lema "Portugal no bom caminho", o partido posicionou-se em relação às eleições autárquicas, que deverão realizar-se em setembro/outubro do próximo ano, com Luís Montenegro a garantir que o PSD está em condições de "começar a decidir muitos processos de candidatura". Já quanto à Presidência da República, há ainda incertezas a rodear o nome de Luís Marques Mendes.
Aqui fica um resumo de dia e meio de discursos, elogios, promessas, acusações e avisos à navegação. E o anúncio de "sete novas decisões que espelham o caminho" que o primeiro-ministro quer fazer e poderá conhecer em mais detalhe aqui.
"Estamos de olhos postos no futuro. Gastamos o essencial da nossa energia a olhar para a frente",
Luís Montenegro, primeiro-ministro e presidente do PSD
"Dizem que só fizemos o mais fácil, mas, se era fácil, por que ainda não estava feito?"
Luís Montenegro
"Não somos descendentes de pântanos, bancarrotas ou empobrecimento"
Luís Montenegro
"Não são quatro anos que este Governo vai durar - porque, aparentemente, esses já toda a gente percebeu que os vamos fazer -, são oito, e o PSD já há muitos anos merecia poder governar em condições de normalidade"
Hugo Soares, presidente do grupo parlamentar do PSD.
"Pedro Nuno Santos já demonstrou que é pouco viável",
João Pedro Louro, líder da JSD
"A municipalização da Saúde é uma área que carece de mais envolvimento das autarquias, que já tiveram uma experiência agridoce com o que aconteceu com a Educação, vamos evitar que aconteça algo semelhante com a Saúde",
Ricardo Mexia, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar
"Em seis meses mostrámos como um governo pode e deve fazer diferente"
Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças
"Sem crescimento económico não haverá riqueza para pagar melhores salários e melhores empregos e para, sem uma asfixia fiscal, ter mais recursos para os serviços públicos, para as prestações sociais, para o investimento público"
Joaquim Miranda Sarmento
"António Costa não conseguiu decidir nem consegue deixar para o futuro uma obra estruturante"
José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas
"[Entre Julho de 2007 e Dezembro de 2022] Ocorreram 256 mil abortos em Portugal, o que equivale a 46 abortos por dia e dois abortos por hora. [...] Se isto não é um problema de saúde pública para o qual estamos convocados, então não sei o que é um problema de saúde pública, não sei o que é defender a dignidade humana"
António Pinheiro Torres, ex-deputado
"Não podemos aceitar que um Estado que não ajuda a viver possa sim ajudar a morrer"
António Pinheiro Torres
"É preciso dizer a uns que Portugal não é o país das tricas e a outros que não é o país das trocas"
Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros
"Orçamento que nós esperamos que seja viabilizado sem qualquer descaracterização no dia 29 de Novembro. É esse o pedido de responsabilidade que pedimos às oposições"
Paulo Rangel
"Candidatura presidencial é uma decisão individual"
Marques Mendes, antigo líder do PSD
"Não venho aqui para pedir nada nem para ter nada"
Pedro Santana Lopes, ex-líder do PSD e actual presidente da Câmara de Figueira da Foz
"Os adversários queriam ter o nosso ímpeto reformista"
Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e da Habitação
"São mais de 4 mil milhões de euros destinados à habitação pública, o maior orçamento do sempre para a área da habitação"
Miguel Pinto Luz
"O avião da economia portuguesa está na pista de descolagem. Sabemos bem que há no céu algumas nuvens [...] É por isso que é tão importante a aprovação do Orçamento do Estado"
Pedro Reis, ministro da Economia
"Antes, diziam que o PSD estaria condenado a desaparecer e a ser uma muleta do PS. [...] Depois, uma versão nova: podem estar no governo, mas vão ser iguais aos anteriores. Seis meses depois não acabámos e somos o maior partido de Portugal. E não estamos bloqueados pela esquerda ou pela direita radical"
António Leitão Amaro, ministro da Presidência
"O não é mesmo não e as políticas socialistas já lá vão. E não voltarão"
António Leitão Amaro
"Quem investe quando as coisas correm bem não pode ser expropriado por um Estado socialista que não gosta do mérito, que não gosta do sucesso, que não gosta do esforço e não gosta de quem faz bem"
António Leitão Amaro
"O Orçamento do Estado é bom, porque é o primeiro Orçamento da nossa história que não aumenta um imposto sequer"
António Leitão Amaro
"O Governo e só uma parte. Temos umas eleições autárquicas para vencer, temos umas eleições presidenciais para ganhar. Nas primeiras teremos milhares de candidatos a participar, na segunda precisamos apenas de um candidato, mas de milhares de militantes para o apoiar"
Lídia Pereira, deputada ao Parlamento Europeu
"O PS está a chegar-se cada vez mais ao extremo da esquerda. Uma oposição errática, que deixou de ser abrangente e não sabe muito bem para onde vai"
Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa
"O objectivo do PS é exaltar. E para isso vai estar atrás de todos nós, aqueles que somos os melhores autarcas todos os dias somos alvos a abater. A técnica é sempre a mesma, acusar-nos daquilo que eles não fizeram"
Carlos Moedas
"A primeira regra da democracia é aceitar a derrota"
Carlos Moedas
"O PS tornou-se este partido que faz parte do problema e não quer fazer parte da solução"
Carlos Moedas
"Espero que toda esta juventude tenha coragem de ser assertiva e não tenha medo do futuro. Não aceitem o insulto, não se deixem ficar sem resposta, lutem pelo nosso futuro"
Carlos Moedas
"É com muito gosto que posso finalmente começar uma intervenção dizendo "companheiros e companheiras", porque é com muito gosto que subo aqui na mesma condição que todos vós, membro do Partido Social Democrata, membro da família da AD, militante base do PSD"
Sebastião Bugalho, deputado ao Parlamento Europeu
Àqueles que insistem em colar-nos àqueles que governaram antes de nós e àqueles que gostavam de governar na nossa vez, há que dizer uma coisa simples: saiam à rua e perguntam aos portugueses se é a mesma coisa ter um governo chefiado pelo PS ou liderado pelo PSD"
Sebastião Bugalho
"Perguntem a Pedro Nuno Santos se viabilizou o Orçamento do Estado porque se revê no Orçamento do Estado ou se viabilizou o Orçamento do Estado porque sabe que o país não se revê em Pedro Nuno Santos"
Sebastião Bugalho
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