Carlos Muñoz Portal, assistente de produção freelancer, que estava a trabalhar na nova temporada de "Narcos", foi encontrado morto na passada segunda-feira, dia 11 de setembro, no seu carro.
De 37 anos, o mexicano Muñoz Portal estava encarregue de encontrar novos lugares para a gravação da temporada 4 da série da Netflix. De acordo com a edição brasileira do jornal espanhol "El País", o corpo foi encontrado dentro do seu carro numa área rural, numa região violenta no centro do país.
Um amigo da vítima contou à mesma fonte que, na segunda-feira, Portal pegou no seu carro e foi para o Estado do México com o objetivo de tirar algumas fotografias para a produção. Horas depois o carro foi encontrado, embatido contra um cato, numa estrada de uma terra sem nome, na comunidade de San Bartolo Actopan, no município de Temascalapa. O corpo tinha múltiplos ferimentos de balas.
O amigo de Muñoz, que fala em anonimato ao "El País", suspeita que o facto de um forasteiro com uma câmera às costas andar por aquelas terras assustou os habitantes. “Talvez tenham pensado que ele estava à procura de alguma coisa e começaram a segui-lo com um carro”, disse.
Portal era um experiente assistente de produção, especializado em encontrar locais para filmagens de grandes produções cinematográficas americanas no México. Desta vez estava ao serviço da produtora Redrum, empresa com que já tinha trabalhado em "Sicário: Infiltrado" (2015) e "007 Spectre" (2015).
As autoridades suspeitam que o cineasta foi perseguido, adiantando Claudio Barrera, um porta-voz do Ministério Público mexicano, que não há qualquer testemunha porque o crime se deu numa zona despovoada.
Num comunicado publicado no "El País", a Netflix apresenta as suas condolências à família do falecido não adiantando mais nenhuma informação. "Os factos ainda são desconhecidos, e as autoridades continuam a investigar o que aconteceu", pode ler-se.
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