Num comunicado enviado esta quinta-feira à agência Lusa, a Olivum manifesta preocupação face ao "aumento de roubos de azeitona no Alentejo" e alerta para a "falta de fiscalização no processo de receção".
A associação alerta ainda para a necessidade de as entidades competentes "agirem de forma eficaz" e de haver "um aumento de fiscalização em postos de receção".
A Olivum refere que "muitos" dos seus associados, que representam mais de 32 mil hectares de olival no Alentejo, "sentem que o setor é ameaçado", devido aos furtos de azeitona nas herdades, que são "favorecidos pela existência de empresas que aceitam toda a azeitona, mesmo que de origem duvidosa".
A associação "condena o funcionamento de postos de receção de azeitona de caráter duvidoso, que aceitam todo o tipo de azeitona, muitas vezes sem documentação e de proveniência duvidosa", uma "situação denunciada" por vários dos seus olivicultores associados.
"Só controlando corretamente a documentação e a entrega da azeitona nos postos de receção e lagares é que será possível fazer parar os roubos, que surgem como consequência destas infrações", defende a Olivum.
Neste sentido, a associação "alerta para a urgência de atuação das diversas entidades competentes nos postos de receção, assegurando que atuam de forma legal e cumprem os requisitos exigidos", através do "controlo da documentação e das guias de transporte com identificação da proveniência do produto", conforme cumprem os olivicultores que representa.
A Olivum condena os furtos de azeitona que têm ocorrido nos olivais do Alentejo na atual campanha olivícola de 2018/2019, que decorre até meados de fevereiro.
"Numa fase de fim de campanha, de aumento de desemprego, continua a aumentar a preocupação e o clima de insegurança", os furtos de azeitona nos olivais "tendem a aumentar onde ainda decorre a colheita" e, por isso, "urge atuar sobre as situações infratoras", frisa a associação.
Os olivicultores associados da Olivum produziram mais de 400 milhões de quilos de azeitona na anterior campanha olivícola de 2017/2018, contribuindo com mais de 250 milhões de euros para o produto agrícola nacional.
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