“No Dia Internacional da Mulher, quisemos realçar este aspeto positivo, esta história de sucesso de grandes mulheres que souberam inovar, com rasgo, com ambição, com vontade de fazer diferente. E, num mundo muito de homens, impor-se pela sua qualidade, pelo seu mérito e pelo seu trabalho”, disse Assunção Cristas durante a visita em que se fez acompanhar pelo presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Joseph Daul, e pelo eurodeputado e cabeça de lista do CDS-PP para eleições para o Parlamento Europeu, Nuno Melo.
Joseph Daul, contou a líder dos centristas, é “também ele um agricultor, da Alsácia, um europeu convicto”.
“E temos o grande gosto de visitar esta casa feita de cinco gerações de mulheres – a Casa Ermelinda Freitas”, sublinhou, lembrando “o trabalho de tantas mulheres, num mundo muito masculino, que é o mundo da agricultura – particularmente masculino neste setor do vinho” e onde também se tem sentido uma transformação ao longo dos anos.
Assunção Cristas, que falava aos jornalistas depois da visita à Casa Ermelinda de Freitas, na localidade de Fernando Pó, em Palmela, no distrito de Setúbal, disse que esta empresa de mulheres no setor agrícola é um exemplo que inspira o CDS-PP e o PPE, mas lembrou que há muito para fazer para acabar com a discriminação das mulheres, a nível nacional e europeu.
“Hoje estamos melhor do que há umas décadas atrás, embora ainda muito longe daquilo que é o nosso ideal, que é, um dia, podermos ter atingido um tal nível de reconhecimento de uma sociedade plural, feita de homens, de mulheres e do seu esforço, que já não precisemos de sinalizar o Dia Internacional da Mulher. Falta muito para lá chegar. No CDS temos consciência disso e estamos na primeira linha da luta pelos direitos das mulheres”, acrescentou.
A violência doméstica e a dificuldade das mulheres em chegarem aos lugares de topo, a disparidade salarial, foram alguns dos problemas referidos por Assunção Cristas para sublinhar o muito que ainda há a fazer para combater a discriminação das mulheres em Portugal e na Europa.
“Basta olhar para os números para percebermos que [Portugal] ainda é um mundo de homens, embora cada vez menos. E eu fico feliz por perceber que, em vários domínios, no parlamento, também nos municípios – embora aí muito atrás, ainda pior do que no parlamento -, nos governos, cada vez mais as mulheres têm uma presença”, disse.
Mas, recordou, a verdade é que em Portugal ainda não houve nenhuma primeira-ministra eleita, nenhum Presidente da República, mulher, eleita, nem presidentes de câmara eleitos em Lisboa e no Porto, as maiores autarquias do país.
“Há muito trabalho para fazer no país”, assinalou.
Comentários