Assunção Cristas falava à agência Lusa junto à Doca de Pedrouços, onde explicou o projeto de requalificação daquela zona ocidental de Lisboa, local onde está instalado o Instituto Português do Mar e da Atmosfera ou a Direção-Geral de Política do Mar.
“É importante que Lisboa lidere um grupo para fazer a avaliação e desenvolvimento estratégico do projeto e também as condições de financiamento. Entendemos que este espaço junta administração da área do mar na envolvência e também, por esse ponto, pode ajudar a ter a cidade administrativa, cientifica e económica ligada ao mar, pode depois ver a melhor forma de financiar o que se pretende, começando pelo edificado que já existe, requalificando-o”, disse Assunção Cristas.
O projeto, de acordo com a também líder do CDS-PP, implicará a requalificação da zona que atualmente é usada para a competição de regatas Ocean Race, e que possui um pequeno centro onde é possível fazer a reparação deste tipo de barcos, junto à Fundação Champalimaud.
“Aqui junto à Doca de Pedrouços, neste espaço enorme de 125 mil metros quadrados de edificado que pode ser requalificado, em conjunto com toda esta envolvente, podemos criar uma nova centralidade da cidade de Lisboa com um polo de dinamização da economia do mar, da economia azul de forma a que Lisboa e o país se posicionem internacionalmente como centro de inovação”, explicou.
Assunção Cristas acrescentou que será possível a criação “de boas empresas e de bom emprego ligado à economia do mar”, frisando que a cidade de Lisboa pode desenvolver “áreas onde pode ter mais competitividade que outras”, nomeadamente “a área do mar”.
“A nível global, os países reconhecem a Portugal conhecimento, cultura e história neste domínio e esperam que possamos liderar. Em muitos casos temos a liderança e esta zona, e equipamentos, permite dar nova vida à cidade e diversificar a nossa economia”, acrescentou.
Assunção Cristas lembrou ainda a saída do Reino Unido da União Europeia, frisando que “o pilar da Europa fica desguarnecido” e que Portugal “poderá ser a voz do mar em Bruxelas, mas para isso convém que haja um apoio e sustento que permita ter essa voz ativa”.
A vereadora do CDS-PP avançou ainda que o edifício da antiga lota da Doca Pesca está inativo desde 2003, podendo ser recuperado, acrescentando que será sempre um projeto que será repartido pelas autarquias de Lisboa e Oeiras, e pela Administração do Porto de Lisboa.
Segundo Assunção Cristas, a proposta já deu entrada na câmara, estando agora à espera de uma data para ser discutida e “preferencialmente aprovada”, referiu.
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