O ministro da Defesa, Grant Shapps, vai fazer uma declaração na Câmara dos Comuns esta tarde sobre o assunto.
A estação Sky News noticiou a suspeita de que piratas informáticos chineses estejam por detrás do ataque, mas o Governo não confirmou a autoria do ataque.
A Embaixada da China no Reino Unido classificou a sugestão de envolvimento como “calúnias completamente fabricadas e maliciosas”.
“A China não encoraja, apoia ou tolera ciberataques. Ao mesmo tempo, opomo-nos à politização das questões de cibersegurança e à difamação infundada de outros países sem provas factuais”, disse um porta-voz da missão diplomática.
A fuga ocorreu num sistema de pagamento de salários de uma empresa terceira que detém os dados bancários de todo o pessoal das forças armadas em serviço e de alguns veteranos.
Em alguns casos, os endereços também podem ter sido expostos. Até à data, os investigadores não encontraram provas de que os dados tenham sido retirados.
Tobias Elwood, ex-militar e antigo presidente da comissão parlamentar de defesa, argumentou que o ataque tem todas as características de um ataque informático chinês.
“A utilização de nomes de funcionários e de dados bancários aponta para a China”, disse à BBC.
“Pode ser parte de um plano, parte de uma estratégia”, acrescentou.
A notícia levou outros deputados Conservadores críticos do regime chinês a renovar a pressão sobre o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para endurecer a posição de Londres.
Em março, o Reino Unido e os Estados Unidos alegaram que piratas informáticos ligados ao governo chinês tinham visado funcionários, deputados, jornalistas, empresas, ativistas pró-democracia e a comissão eleitoral britânica numa campanha de ciberataques “maliciosos”.
Os dois países impuseram sanções a várias pessoas e nomearam alegados piratas informáticos, que se crê estarem todos a viver na China.
Pequim rejeitou na altura estas acusações.
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