De acordo com o estudo intitulado “Continental European Cyber Risk Survey: 2016 Report”, ao qual a Lusa teve acesso, 25% das empresas em Portugal inquiridas pelo estudo admitiram ter sido alvo de um ataque cibernético nos últimos 12 meses, e 38% identifica o risco cibernético como o principal dos seus riscos corporativos.
Apesar de 53% destas empresas terem identificado que um cenário de perda cibernética pode afetá-las diretamente, 55% diz não ter estimado o impacto financeiro no caso de um ataque cibernético, indica a análise da empresa, especializada em corretagem de seguros e em consultoria de riscos.
Quando questionadas sobre qual a maior ameaça, no caso de uma perda cibernética, 60% das empresas em Portugal destaca a “interrupção do negócio”.
Relativamente ao tipo de ameaças, as empresas inquiridas destacam três: ‘hackers’ (33%), erros operacionais (27%) e ameaça interna (18%).
Ainda segundo análise da consultora, 52% das empresas portuguesas não estabeleceu um plano de acesso a um fundo de financiamento adequado, sendo que apenas 14% admitiu já ter subscrito um seguro de cibercrime.
A análise concluiu também que 76% das empresas nacionais identifica o departamento de tecnologia de informação (IT) como responsável pela revisão e gestão dos riscos cibernéticos.
O estudo, de âmbito europeu, teve como principal objetivo perceber o nível de conhecimento das empresas relativamente aos riscos cibernéticos e quais as suas reações, bem como processos em curso para responder a esta ameaça.
Ao nível europeu, 69% das empresas inquiridas acreditam estar mais expostas ao risco das ameaças associadas a erros operacionais e humanos, incluindo a possibilidade de perder dispositivos móveis, que possam comprometer dados importantes e 24% identificou a “interrupção do negócio” como o pior cenário de perda associado ao risco cibernético.
A amostra é composta por 700 empresas europeias, das quais 60 são portuguesas.
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