"Neste momento não planeamos ataques adicionais", disse Mattis, acrescentando que o departamento de Defesa está em consulta permanente com a França e o Reino Unido, que também participaram nas ações militares.
Às 9 da noite de Washington, nos Estados Unidos, 4 horas da madrugada em Damasco, capital da Síria, teve início um conjunto de ataques concertados entre Estados Unidos, Reino Unido e França.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou na madrugada deste sábado, 14 de abril, que uma operação conjunta com Reino Unido e França estava em curso e que as forças aliadas estavam preparadas para manter a incursão até que o regime sírio deixe de fazer ataques químicos.
"Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos que fizessem ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de usar armas químicas do ditador Bashar al-Assad", disse Trump num discurso à nação na Casa Branca.
Aviões britânicos dispararam mísseis contra um complexo militar sírio na região de Homs, suspeito de abrigar substâncias para a fabricação de armas químicas, informou o ministério da Defesa do Reino Unido.
Quatro aviões tornado dispararam mísseis Storm Shadow contra "um complexo militar, uma antiga base de mísseis, a cerca de 24 km a oeste de Homs, onde se suspeita que o regime armazene substâncias para fabricar armas químicas".
Bases militares e centros de pesquisa científica em Damasco e seus arredores foram bombardeados também na madrugada deste sábado, informou uma ONG.
"Foram registados bombardeamentos ocidentais contra centros de pesquisa científica, várias bases militares e locais da Guarda Republicana em Damasco e seus arredores", informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Alvos "foram especificamente identificados para reduzir o risco de envolver as forças russas"
Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam alvos na Síria na madrugada deste sábado, numa ação coordenada contra o regime de Bashar Al Assad, uma semana após um suposto ataque com armas químicas ter matado cerca de 40 civis nos arredores de Damasco.
O presidente americano, Donald Trump, anunciou ter ordenado "às forças armadas dos Estados Unidos ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador Bashar Al Assad".
O chefe do Comando Conjunto dos EUA, general Joe Dunford, revelou que os alvos "foram especificamente identificados para reduzir o risco de envolver as forças russas" na Síria e que foram utilizados diferentes tipos de armas, incluindo mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Segundo este oficial americano, os ataques aéreos coordenados visaram um centro de pesquisa científica nos arredores de Damasco, uma instalação de armazenamento a oeste de Homs onde julgam existir produtos químicos e gás sarin e um depósito de armazenamento de produtos químicos.
O Pentágono sublinhou também que não foi feito qualquer aviso prévio à Rússia sobre este ataque concertado.
Segundo o ministério da Defesa em Londres, quatro aviões tornado dispararam mísseis Storm Shadow contra "um complexo militar, uma antiga base de mísseis, a cerca de 24 km a oeste de Homs, onde se suspeita que o regime armazene substâncias para fabricar armas químicas".
"Foram realizadas análises muito cuidadosas para determinar onde era melhor atacar com os Storm Shadows a fim de maximizar a destruição de produtos químicos armazenados e minimizar qualquer risco de contaminação nas áreas circundantes". "As informações iniciais mostram que a precisão dos Storm Shadow e o planeamento meticuloso resultou num ataque de sucesso", disseram as fontes oficiais britânicas.
Na Síria, a TV estatal síria destacou que a defesa antiaérea entrou em ação contra a "agressão" americana.
Mike Pence, em Lima, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações
Momentos antes do anúncio à nação de Donald Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que se encontra em Lima a participar da Convenção das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e regressou ao hotel onde estava hospedado, segundo os jornalistas que o acompanham na viagem.
Antes disso, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciou que os Estados Unidos tinham provas de que Assad havia de facto lançado o ataque com armas químicas na região de Douma.
"Não vou dizer quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico", disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham "este tipo de armas".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo que tinha acontecido porque "fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas".
O presidente americano manteve várias reuniões de consulta nos últimos dias com os seus conselheiros militares e aliados no exterior para definir uma reposta às denúncias de ataque químico.
No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também nesta sexta-feira um apelo dramático a agir com "responsabilidade" para evitar uma "escalada militar total" na Síria.
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