"O número total de mortes que confirmamos é de 37”, declarou o ministro da Saúde, Ali Haji Adam, num comunicado à imprensa.
O balanço anteriorormente reportado pela polícia era de 32 mortos. Onze pessoas estão nos cuidados intensivos, outras 64 permanecem hospitalizadas com ferimentos, enquanto 137 tiveram alta após receberem tratamento para ferimentos leves, acrescentou o ministro.
Segundo a polícia e testemunhas, um homem-bomba detonou a carga explosiva que transportava e, de seguida, vários criminosos abriram fogo contra as pessoas que estavam na praia do Lido, muito popular entre empresários e funcionários do governo.
Este bairro exclusivo, com muitos hotéis e restaurantes, já foi alvo de outros atentados.
Alguns sobreviventes descreveram que, após a explosão, homens armados irromperam na praia com a intenção de "matar todos que podiam".
"Os terroristas impiedosos mataram civis de maneira aleatória", afirmou à AFP o policia Mohamed Omar. As forças de segurança mataram cinco membros do grupo islamista, segundo a mesma fonte.
Hawo Mohamed, que mora perto do local do atentado, afirmou que pelo menos sete pessoas que ele conhecia morreram no atentado. "Há sangue e pedaços de corpos espalhados no local", disse à AFP.
Gritos de pânico
Os hospitais fizeram um apelo por doação de sangue para atender os feridos, segundo a imprensa local. .
Ahmed Yare, que testemunhou o ataque, disse que tudo começou num hotel.
"Vi pessoas feridas perto da praia, as pessoas gritavam de pânico e era difícil saber quem estava morto ou não", declarou à AFP.
"Todo a gente entrou em pânico e era difícil entender o que estava a acontecer porque o tiroteio começou pouco depois da explosão", disse Abdilatif Ali.
Em meados de julho, nove pessoas morreram e 20 ficaram feridas em Mogadíscio quando um carro-bomba explodiu diante de um café lotado durante a exibição da final do Euro.
O grupo islamista radical Al Shabab, vinculado ao grupo Al Qaeda, executa atentados há mais de 17 anos contra o governo federal de Somália.
Os insurgentes foram expulsos da capital pelas forças da União Africana (UA) em 2011, mas continuam muito ativos nas zonas rurais.
O presidente somali, Hasan Sheikh Mohamud, prometeu uma guerra "total" contra os jihadistas.
Já o presidente da União Africana, Moussa Faki Mahamat, chamou o ataque de "impiedoso", enquanto as Nações Unidas na Somália o condenaram como "desprezível".
O Exército uniu as suas forças com as milícias dos clãs locais como parte de uma campanha militar apoiada pela UA e por ataques aéreos dos Estados Unidos.
Mas a ofensiva sofreu vários reveses e o Al Shabab anunciou no início do ano que tomou o controlo de várias localidades no centro do país.
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