Membros do grupo Futuro Vegetal divulgaram um vídeo em frente à casa perto de Cala Tarida, costa oeste de Ibiza, com um cartaz que dizia em inglês: "Help the Planet — Eat the Rich — Abolish the Police (ajudem o planeta — comam-se os ricos — acabe-se com a polícia)".

Em seguida, dois ativistas lançam tinta vermelha e preta sobre a fachada branca do edifício.

O grupo afirmou em comunicado que queria destacar o papel "dos ricos na crise climática", ao atacar a mansão que afirmam ser "uma construção ilegal".

"Solidarizo-me com a família Messi por este acontecimento covarde e delirante e peço ao governo" do socialista Pedro Sánchez "que garanta a segurança dos cidadãos argentinos", escreveu Javier Milei na rede social X.

O presidente argentino classificou os ativistas como "comunistas" e acrescentou que "o comunismo é uma ideologia fomentada pela inveja, ódio e ressentimento com os bem-sucedidos" que "não tem lugar no mundo livre e civilizado".

O Futuro Vegetal citou um relatório da Oxfam de 2003 segundo o qual "o 1% mais rico da população mundial gerou a mesma quantidade de emissões de carbono em 2019 que os dois terços mais pobres da humanidade, apesar de serem as comunidades mais vulneráveis as que mais sofrem as consequências da crise".

Messi, atualmente no Inter Miami da MLS, terá comprado a propriedade de um empresário suíço em 2022 por cerca de 11 milhões de euros. Possui um spa, uma sauna e uma sala de cinema.

A imprensa espanhola informou que a mansão não possui um certificado de ocupação, que deve ser emitido por um órgão governamental para atestar se está em condições habitáveis, pois vários quartos foram construídos sem autorização.

O Futuro Vegetal, ligado a grupos internacionais semelhantes, realizou dezenas de protestos do mesmo tipo. Em 2022, os seus membros colaram as mãos em molduras de pinturas do espanhol Francisco de Goya no Museu do Prado, em Madrid.

No ano passado, ativistas do grupo lançaram tinta num iate em Ibiza que supostamente pertencia a Nancy Walton Laurie, a herdeira da cadeia de supermercados americana Walmart.

A polícia espanhola informou que prendeu 22 membros do Futuro Vegetal em janeiro, incluindo dois que participaram no protesto do Prado e os três principais líderes do grupo.