Tenho “uma grande confiança que o PS vai ter um ótimo desempenho neste processo que se vai iniciar e vai ter um ótimo resultado nas eleições de 10 de março”, declarou Santos Silva num discurso no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS, em Lisboa.
O também presidente do parlamento considerou que os socialistas estão “unidos, coesos e determinados para ganhar as próximas eleições” e disse que há “cada vez mais portugueses e portuguesas” a compreender a “enorme injustiça que significa esta crise política do ponto de vista do PS”.
“É uma crise política que o PS não criou, para que o PS em nada contribuiu e que interrompeu um trabalho que estava a ser feito com todas as condições de normalidade democrática”, afirmou, considerando que há “cada vez mais gente” que compreende a “enorme injustiça” e “reagirá em consonância nas próximas eleições”.
Por outro lado, Santos Silva manifestou-se também confiante num bom resultado do do PS por salientar que os “portugueses sabem que o único voto eficaz, seguro para contrariar qualquer hipótese de o Governo de Portugal ficar, direta ou indiretamente, dependente da extrema-direita”, é um voto nos socialistas.
“Hoje em dia, o centro-direita por toda a Europa está refém dessas forças. Basta pensar o que sucede na Itália, na Suécia e em Finlândia, e em várias comunidades na nossa vizinha Espanha e ver o que sucedeu nos Açores, e o resultado disso: a instabilidade, a regressão social, o descalabro financeiro”, disse.
Santos Silva disse ainda que a terceira razão para ter confiança num desempenho positivo, e “ainda mais importante”, é que o PS tem “um trabalho com resultados que são evidentes”, destacando que o abandono escolar foi reduzido para metade, assim como o desemprego, e foi alcançado um equilíbrio nas contas públicas.
“Neste ciclo político, pela primeira vez, a economia portuguesa convergiu sistematicamente com a média europeia. Esse trabalho foi agora interrompido, por razões alheias à nossa vontade, mas esse trabalho tem de ser retomado, continuado”, defendeu.
Para Santos Silva, “só o PS alia uma convicção forte na necessidade de haver crescimento económico para combater as desigualdades e afirmar a igualdade”.
“Esta ligação entre crescimento e mais igualdade singulariza o PS no espetro político português e corresponde não só às necessidades como aos anseios dos portugueses”, frisou.
Nas eleições internas para a liderança do PS, Augusto Santos Silva apoiou o candidato e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que foi derrotado por Pedro Nuno Santos no último fim de semana.
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