A recordista é a Fertagus, empresa do comboio da Ponte 25 de Abril, que revelou à agência Lusa que “o número de passageiros transportados, medidos através de uma contagem a um dia útil de maio, cresceu 19,2% face às contagens realizadas em 2018, sendo que os períodos de ponta cresceram 16% e fora das pontas 26%”.
“A taxa de ocupação global do comboio cresceu de 22% para 26% e, no período de ponta da manhã, a taxa de ocupação subiu de 56% para 63%”, acrescentou.
Ainda na margem sul do rio, os Transportes Sul do Tejo (TST) não adiantam números, mas salientam que têm verificado um aumento de procura nalgumas linhas específicas de autocarros, com “adaptações de oferta” em carreiras, com particular expressão na zona da Moita.
Segundo dados da Transtejo/Soflusa (ligações fluviais), em abril de 2019 foi registado um aumento de 8,3% na procura, face ao mês homólogo do ano de 2018.
Em Lisboa, também o Metro destaca que este ano tem verificado um aumento de passageiros face aos mesmos períodos do ano passado: comparando o mês de abril de 2019 com o de 2018, a procura do Metro cresceu 4,4%, de mais de 13,3 para 13,9 milhões de passageiros transportados.
Na rodoviária Carris, resultados ainda provisórios dos primeiros quatro meses deste ano revelam um aumento global de passageiros com títulos válidos de 5,6%, de 41,5 milhões para 43,8 milhões.
Este aumento de passageiros levou as empresas a adotarem medidas que consideram adequadas, apesar das críticas públicas dos utentes, que as consideram insuficientes.
Apenas a Transtejo/Soflusa admite que, apesar “do crescimento da procura, os atuais constrangimentos operacionais e de recursos humanos inviabilizam o reforço da oferta do serviço público de transporte fluvial, em especial nos horários de ponta”.
O volume de passageiros levou a que a Fertagus tenha começado a fazer circular “uma UQE (Unidade Quádrupla Elétrica) com um layout interno reformulado” que permite ganhar 48 lugares no comboio.
Na prática, foram retirados bancos para caberem mais passageiros, um sistema “aprovado pelas entidades competentes”, que está a circular em regime experimental, mas que, “caso responda positivamente”, será alargada a mais comboios.
A Fertagus está ainda a adaptar um novo horário para os comboios e a estudar a possibilidade técnica de comboios com uma quinta carruagem, para aumentar a capacidade do material circulante existente, uma medida que “implicará alterações no tamanho das plataformas de algumas estações e que nunca poderá ser operacionalizada em menos de dois anos”, sublinham.
Os TST, o Metropolitano de Lisboa e a Carris salientaram que aumentaram a oferta e que estão a constantemente a monitorizar a evolução da procura, para ajustar a oferta.
O Metro destacou que, em abril, “aumentou a velocidade de circulação na hora de ponta” para os 60 quilómetro/hora, para aumentar a oferta de comboios e a redução dos tempos de espera.
Esta oferta será reduzida no período de verão nas linhas Azul e Amarela, mantendo-se nas linhas Verde e Vermelha, que dão acesso ao Aeroporto. Em meados de setembro, o Metro prevê “um aumento de oferta nas linhas Amarela e Azul na hora de ponta da manhã aos dias úteis”, afirmou a empresa.
A Carris realçou que em abril foram reforçadas algumas carreiras, o que continuará a acontecer “quando o aumento de procura não é satisfeito pela oferta atual”.
Na margem sul, fonte dos TST também realçou que a empresa já “procedeu ao reforço de oferta nalgumas carreiras, com particular expressão na zona da Moita”, onde foram acrescentadas 17 novas circulações diárias em hora de ponta, com cadências de 10 em 10 minutos.
Os utentes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) começaram a 01 de abril a sentir alívio nos preços dos transportes públicos, uma medida que pretende reduzir o uso do transporte individual.
Foi criado um passe metropolitano, que permite viajar em todos os concelhos da AML, por um custo máximo de 40 euros, e um passe municipal para quem viaja apenas dentro de um concelho, que custa 30 euros.
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