“Não tenho dúvidas de que, num curto espaço de tempo, entre 5.000 a 10.000 trabalhadores vão emigrar”, porque o aumento do SMN “vai fazer com que um pintor ou um carpinteiro qualificado ganhem o mesmo que um operário não qualificado”, afirmou à Lusa o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, que esta manhã promoveu uma conferência de imprensa.
Segundo disse, ainda hoje o sindicato vai solicitar “uma reunião com caráter de urgência com todas as entidades patronais” para que seja possível negociar os contratos de trabalho, tendo por objetivo “que se regresse às diferenças de ordenados entre operários qualificados e não qualificados”.
Classificando o valor do SMN (557 euros) como “de 3.º mundo quando comparado com o que se pratica no norte da Europa”, Albano Ribeiro defendeu uma diferença salarial entre operários qualificados e não qualificados da construção civil para evitar “a emigração em massa”.
Albano Ribeiro disse que o setor da construção conta com “mais de 520 mil trabalhadores, 300 mil dos quais operários qualificados”.
O presidente do sindicato adiantou ainda ter escolhido “intervenção com os parceiros sociais e sindicatos locais nos países de acolhimento na Europa para evitar os acidentes mortais” como lema da campanha para 2017.
“Emigrar não é para morrer, é para ter melhores condições de trabalho e salários”, disse.
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