
Todas as sondagens apontam para uma vitória do ÖVP (direita), liderado por Kurz. O atual ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco tem apenas 31 anos, e deverá ser o próximo chanceler. No entanto, o seu partido não terá maioria absoluta, e o único parceiro de coligação viável será o FPÖ (extrema-direita).
Tal como a vizinha Alemanha, a Áustria é governada há uma década por uma coligação de “bloco central”. O mandato deveria durar até 2018, mas uma crise interna no ÖVP levou o líder do partido, Reinhold Mitterlehner, a demitir-se. Kurz sucedeu-lhe, e logo depois o ÖVP e o SPÖ (socialistas) resolveram convocar eleições antecipadas.
O atual chanceler, o socialista Christian Kern, recusou à partida reeditar a coligação: “Se ganharmos, serei chanceler. Se não, iremos para a oposição”, disse Kern em entrevista à televisão estatal, ORF.
A Europa foi desta vez um tema praticamente ausente da campanha eleitoral. O ÖVP fez uma campanha muito centrada na figura de Kurz e na promessa de renovação. A extrema-direita focou-se na sua oposição à imigração, sobretudo islâmica.
A possibilidade de um “Auxit” foi excluída por todas as forças políticas, incluindo o FPÖ. A extrema-direita deverá contudo exigir que a Áustria continue a defender uma política mais agressiva relativamente à imigração na Europa.
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