"Infelizmente, uma nova vítima morreu no hospital. Isso eleva o número total de mortos para dois homens e duas mulheres", disse um porta-voz do ministério à agência de notícias AFP, somando-se ainda a morte de um agressor.
Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo a agência de notícias AP.
A Alemanha já reforçou o controlo na fronteira com a Áustria após os ataques em Viena, declarou a polícia alemã.
Esses controlos de fronteira são considerados uma "prioridade tática" pela polícia federal, disse um porta-voz da polícia alemã à agência de notícias AFP.
Um dos autores do ataque era "um simpatizante" do Estado Islâmico (EI), disse o ministro do Interior austríaco.
"É uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do EI", disse Karl Nehammer, em conferência de imprensa, referindo-se a um dos autores do tiroteio, que morreu numa troca de tiros com a polícia. um segundo atacante fugiu.
A polícia, que fez buscas na casa onde vivia o atacante abatido pelas forças de segurança, não descarta a possibilidade de haver mais pessoas implicadas no crime.
"Não podemos excluir que haja mais agressores", apontou o responsável da Polícia de Viena, Gerhard Pürstl, durante a conferência de imprensa.
O ataque, o primeiro em Viena em 35 anos, começou com um tiroteio cerca das 20:00 de segunda-feira (19:00 em Lisboa) numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, próxima de uma área de bares muito frequentada.
"Estou feliz que os nossos polícias já tenham eliminado um dos autores. Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios", disse o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, que classificou os atos de "ataques terroristas nojentos".
O chanceler disse serem desconhecidos os motivos dos ataques, considerando, no entanto, que motivos "antissemitas" não podem ser descartados, "pelo lugar onde o ataque começou".
Depois do ataque inicial na rua onde fica a sinagoga, os agressores deslocaram-se pelo centro da cidade, disparando sobre quem ocupava as esplanadas.
Centenas de pessoas refugiaram-se em bares e restaurantes, muito lotados devido a um novo confinamento que começa hoje, para prevenir a propagação da covid-19.
Milhares de pessoas permaneceram no interior da Ópera de Viena, ou em salas de concerto como o Konzerthaus ou o Musikverein, durante horas, até saírem sob escolta policial.
As autoridades montaram um enorme dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças especiais e especializadas em ações antiterroristas a participarem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras.
O Governo austríaco alertou que a situação de perigo ainda não passou, e pediu aos cidadãos para não saírem de casa, a não ser que seja estritamente necessário.
A União Europeia já “condenou veemente” o “atentado horrível” ocorrido hoje, através de uma publicação no Twitter do Presidente do Conselho Europeu Charles Michel, apelidando-o de "um ato covarde".
"A Europa condena veementemente este ato covarde que viola a vida e os nossos valores humanos. Os meus pensamentos estão com as vítimas e com o povo de Viena após o horrível ataque desta noite. Estamos ao lado da Áustria", pode ler-se.
O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.
(Notícia atualizada às 09h22)
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