De acordo com os orçamentos de campanha disponíveis desde quarta-feira no ‘site’ da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), os partidos e coligações preveem gastar um total de 31 milhões de euros na campanha eleitoral para as autárquicas de setembro, menos do que os 35 milhões de há quatro anos, e o PS continua a ter o orçamento mais elevado, com 11,43 milhões de euros.
De todas as candidaturas aos 308 concelhos do país, a mais cara é a de Carlos Moedas, que concorre a Lisboa numa coligação que junta PSD, CDS-PP, Aliança, Partido da Terra e Partido Popular Monárquico e tem despesas previstas de 300 mil euros.
Para a conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado vai a maior parcela, quase metade do orçamento, a que acresce um montante de 50 mil euros para comícios e espetáculos, 39 mil para propaganda, comunicação impressa e digital e 35 mil para estruturas, cartazes e telas.
A campanha da recandidatura do atual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, numa coligação entre o PS e o Livre, prevê gastar 236.500 euros, menos do que os 249 mil euros que orçamentou quando concorreu há quatro anos à mesma autarquia.
A coligação prevê gastar 72,5 mil euros em propaganda, comunicação impressa e digital, 51 mil euros em comícios e espetáculos e 50 mil na conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado.
A CDU orçamentou 100 mil euros para a campanha de João Ferreira a Lisboa, enquanto o BE prevê gastar 59 mil euros na campanha de Beatriz Gomes Dias à capital.
A candidatura a Lisboa de Bruno Horta Soares, do Iniciativa Liberal, tem um orçamento de 41 mil euros; Manuela Gonzaga, do PAN, tem à disposição quase 33 mil euros, enquanto o Chega prevê gastar 16 mil euros com a campanha de Nuno Graciano.
A candidatura a Lisboa de Sofia Afonso Ferreira, do Nós Cidadãos, conta com 6.400 euros, a do candidato do Partido Democrático Republicano, Bruno Fialho, terá 2.500 euros e a de João Patrocínio (Ergue-te) tem previsto um orçamento de 700 euros, enquanto o orçamento da campanha de Tiago Matos Gomes (Volt) não consta no site da ECFP.
A campanha para o Porto é a segunda com maiores orçamentos, num total de 517 mil euros.
Neste concelho, a campanha da candidatura de Vladimiro Feliz, do PSD, é a mais cara, com 200 mil euros de despesas, seguida da de Tiago Barbosa Ribeiro, do PS, com 167 mil euros.
A candidatura de Ilda Figueiredo (CDU) prevê gastar 57 mil euros, a de Sérgio Aires (BE) 48 mil euros, a de António Fonseca (Chega) 16 mil euros, a de Bebiana Cunha (PAN) 14,5 mil euros a de Diogo Araújo Dantas (PPM) 10 mil euros, a de Diamantino Raposinho (Livre) 4,6 mil euros e a do candidato do Ergue-te, Bruno Rebelo, 400 euros.
O CDS-PP não apresenta uma lista própria no Porto, apoiando a candidatura do atual presidente da Câmara, o independente Rui Moreira.
Os orçamentos das candidaturas dos grupos de cidadãos não estão, contudo, ainda disponíveis na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, não se sabendo por hora quanto Rui Moreira prevê gastar.
Setúbal é o terceiro concelho com maior orçamento para as campanhas eleitorais, com 378 mil euros de despesa prevista pelo conjunto dos partidos e coligações.
O candidato da CDU, André Martins (PEV) é quem mais aposta neste concelho, com um orçamento de 140 mil euros.
Concorrem ainda a Setúbal o PS, que prevê despesas de quase 75 mil euros, o PSD (46 mil), o BE (16 mil), o CDS (12 mil), o Chega (oito mil), o Iniciativa Liberal (seis mil), o PAN (três mil) e ainda as coligações Nós Cidadãos/PPM (61 mil) e RIR/PDR (quase 10 mil euros).
No dia 02 terminou o prazo para entrega dos orçamentos de campanha relativos às eleições autárquicas de 26 de setembro.
Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira) e 3.092 freguesias (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).
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