A empresa precisou que 31 aeroportos foram afetados relativamente a voos com partida de Lisboa: 27 na Europa, dois na América do Sul, um na América do Norte e um em África.
“Relativamente às chegadas a Lisboa, foram implicados 23 aeroportos europeus e um africano”, acrescentou a AirHelp, informando que os aeroportos com mais perturbações, no caso das partidas, foram os de Madrid-Barajas, Bruxelas e Amesterdão Schiphol, enquanto nas chegadas foram os de Madrid-Barajas, Paris-Orly e Barcelona–El Prat.
Os passageiros afetados pelo cancelamento e atraso de voos podem ter direito a uma compensação das companhias aéreas até 600 euros, no âmbito de um regulamento europeu que prevê contrapartidas em caso de cancelamento do voo, sobrelotação ou atraso igual ou superior a três horas.
Bernardo Pinto, dirigente da AirHelp de Portugal e Brasil, comentou em comunicado que a falha do sistema de abastecimento, no passado dia 10, “não é uma das exceções previstas no regulamento europeu”.
“O abastecimento de combustível é um elemento que faz parte de todo o processo que constitui a atividade de transporte aéreo e, se as autoridades do aeroporto ou qualquer outro fornecedor forem responsáveis, segundo este regulamento europeu, os passageiros mantêm o direito de obter compensações por parte das companhias aéreas”, afirmou.
Para o mesmo responsável, “as próprias companhias têm o direito de serem compensadas por quem causou a ocorrência, incluindo terceiros”.
A AirHelp voltou a aconselhar os passageiros afetados a agirem e a pedir uma compensação, que podem variar entre os 125 e os 600 euros por passageiro, conforme a distância do voo e o número de horas em atraso na chegada.
Na terça-feira, o regulador da aviação recomendou os passageiros afetados pelas perturbações a apresentarem reclamação à companhia aérea em que voavam e envio de uma cópia para Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
Para este efeito, o regulador criou um 'email' para receber as reclamações dos milhares de passageiros que foram afetados pela falha no abastecimento dos aviões no Aeroporto Humberto Delgado, que provocou atrasos e o cancelamento de mais de 60 voos até à manhã de quinta-feira, altura em que a ANA considerou a situação normalizada.
A ANA - Aeroportos de Portugal informou, às 00:30 de quinta-feira, 11 de maio, estarem resolvidos os problemas no abastecimento de aeronaves no aeroporto de Lisboa, responsabilidade de um consórcio que integra várias petrolíferas, que haviam começado por volta das 12:00 de quarta-feira.
Fonte oficial da empresa gestora dos aeroportos portugueses precisou então à agência Lusa que a ANAC autorizou a realização de voos durante a noite para que possa ser normalizada a operação no aeroporto de Lisboa, que levou ao cancelamento de 64 voos, 11 desvios e 322 ligações afetadas com atrasos.
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