“Na Azores Airlines, nós temos um A320 Neo que está em fase final de certificação. Vamos receber, no primeiro trimestre, um outro A320 NEO e, para o ano [2025], receberemos um A321 XLR. E ficamos com a frota revista na parte da SATA Internacional”, disse Teresa Gonçalves.
Em relação à companhia SATA Air Azores, a responsável adiantou que a empresa está “a fazer agora o estudo de substituição da frota, começando pelos [aviões Dash] Q200”.
“Mas, ainda estamos na fase de análise e de estudo”, disse a presidente do Conselho de Administração do grupo SATA aos jornalistas, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, à margem do Fórum da Aviação Regional Sustentável 2024, organizado pelo Grupo SATA Airlines e pela European Regions Airline Association (ERA).
O encontro, que junta cerca de uma centena de participantes, entre especialistas da indústria, decisores políticos, inovadores e entusiastas pela temática da sustentabilidade e da aviação, visa debater os desafios e as oportunidades de desenvolvimento sustentável da aviação regional, “com especial foco nas regiões ultraperiféricas, bem como apresentar as melhores práticas e inovações do setor”.
Segundo Teresa Gonçalves, ao nível da descarbonização, o grupo SATA está a tomar “várias medidas”, sendo uma delas a renovação da frota por uma “mais eficiente, com motores mais verdes” e a utilização de combustível sustentável.
Ainda segundo a responsável, a sustentabilidade, aos vários níveis, “é fundamental” para a empresa.
“Nós falamos muito na parte ambiental, que é crítica e não digo que não, e é fundamental, mas depois temos toda a parte social, que eu referi, e que é uma preocupação da SATA ter os nossos trabalhadores a sentirem-se bem a trabalhar na empresa”, justificou.
Montserrat Barriga, diretora-geral da ERA, entidade que organiza o Fórum da Aviação Regional Sustentável 2024 em colaboração com o Grupo SATA Airlines, reconheceu que a SATA está a fazer um bom trabalho em matéria de sustentabilidade e lembrou que integra a Aliança para a Aviação com Emissões Zero (AZEA, na sigla inglesa), que tem como objetivo desenvolver aviões movidos a hidrogénio e eletricidade.
Nas declarações aos jornalistas, a presidente do Conselho de Administração do grupo SATA também se pronunciou sobre o novo modelo de serviço de contrato de serviço público, defendendo alterações.
“Eu não consigo dizer qual deve ser o novo modelo, mas consigo assegurar que para os investimentos que são necessários fazer, em termos de aeronaves sustentáveis, em termos de os desafios todos que temos em termos ambientais, o contrato de cinco anos não nos permite, depois, obter uma rentabilidade”, disse.
De acordo com Teresa Gonçalves, há “um risco muito grande”, porque no final dos cinco anos não existe “nenhuma garantia que as obrigações de serviço público continuem na companhia”.
“E, portanto, acho que é um risco que tem que ser medido, para se conseguirem fazer os investimentos”, salientou.
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