O Corpo de Bombeiros confirmou hoje de madrugada a existência de 120 mortos.
Entre os 101 corpos que já estão no Instituto Médico Legal (IML), há 65 mulheres e 36 homens, incluindo 13 menores.
Segundo a Polícia Civil, há 116 registos de desaparecimentos, mas não se sabe quantos já foram encontrados.
O G1 acrescenta que o tempo permanece instável em Petrópolis e que a Defesa Civil tem acionado sirenes em várias localidades para alertar a população para a previsão de chuva forte.
Por causa do mau tempo e do terreno instável, as buscas por desaparecidos chegaram a ser suspensas, para garantir a segurança das equipas.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta avisa que permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de deslizamentos de terra, mesmo na ausência de chuva.
Entretanto, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, deverá sobrevoar hoje a cidade, segundo anunciou o seu filho, Flávio Bolsonaro.
O Presidente vai sobrevoar as áreas mais afetadas, visitará o centro de operações do Governo Federal, montado no 32.º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, e participará numa reunião com o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.
O chefe de Estado, que soube da tragédia quando se encontrava em Moscovo em visita oficial, escreveu na rede social Twitter ter pedido ao Governo “auxílio imediato às vítimas”.
O ‘site’ da Globo diz que a delegacia de descoberta de paradeiros (DDPA) enviou quase todo o seu efetivo para Petrópolis, com quatro equipas a percorrer hospitais, abrigos e escolas para identificar as pessoas desaparecidas.
Há ainda cerca de 500 bombeiros envolvidos nas buscas aos desaparecidos.
Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, 24 pessoas foram resgatadas com vida e 705 pessoas foram encaminhadas para os 33 pontos de apoio montados na cidade, em igrejas e escolas.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse na quarta-feira, durante uma visita a Petrópolis, que “foi a pior chuva desde 1932”.
“Realmente, foram 240 milímetros em coisa de duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, afirmou.
O G1 descreve o cenário de devastação que encontrou em Petrópolis logo na quarta-feira de manhã: “em muitos locais, era difícil distinguir o que era casa, o que era terra ou o que era rua”.
“Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados”, conta o jornalista.
Comentários