“Neste último mês, em toda a região de Portalegre, passámos de um total de 2.245 pessoas apoiadas para 2.301. Um aumento deste tipo já começa a preocupar face aos poucos alimentos que temos em armazém”, alertou Rosa Pinheiro.
Segundo a responsável, a situação “mais crítica” regista-se no concelho de Elvas, onde há um “aumento” dos pedidos de ajuda.
A Rosa Pinheiro acrescentou que têm “poucos alimentos” em armazém e que os cabazes que distribuem às pessoas carenciadas são “mais pobres” do que era habitual.
“Neste momento temos muito poucos alimentos, há uma escassez, nós ainda temos alguns, mas muito menos do que aquilo que era suposto e do que nos permitia manter a quantidade que costumávamos dar mensalmente”, disse.
De acordo com a responsável, os alimentos que mais fazem falta são “o leite, a farinha, o óleo, as salsichas e os cereais”.
“Começa a ser difícil dar resposta, mais difícil do que na época da pandemia de covid-19”, frisou.
A próxima campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome vai decorrer em novembro, mas a responsável pela delegação de Portalegre projeta que “deverá ser mais fraca” do que o habitual, devido à perda de poder de compra.
“Nós queremos acreditar na solidariedade das pessoas, temos de acreditar, mas alguma apreensão existe”, acrescentou.
Além das campanhas e de outros donativos, o futuro passa também por desenvolver contactos com empresas daquela região alentejana, num distrito que é “débil” ao nível empresarial, para continuar a desenvolver a missão do Banco Alimentar.
O Banco Alimentar Contra a Fome de Portalegre dá resposta a 36 instituições de solidariedade da região.
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