Estas posições foram transmitidas à agência Lusa pelo fundador e dirigente do Bloco de Esquerda Luís Fazenda, em reação à mensagem de Ano Novo do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
"O Presidente da República chamou a atenção para a necessidade de um combate largo contra a extrema-direita, que pretende destruir o regime democrático. Fazer esse combate largo fundado no Estado de Direito, no pluralismo político, na cidadania é um ponto importantíssimo nos dias de hoje - afinal de contas é o espelho dos bolsonaros [uma referência ao novo Presidente do Barsil] que se verte sobre esse mundo de conflitos", salientou Luís Fazenda.
De acordo com Luís Fazenda, o Bloco de Esquerda também "sublinha que a mensagem do Presidente da República tenha contido referências muito expressivas sobre as desigualdades, a pobreza e a indignidade".
"Mas assinalamos a contradição entre a vontade de querer mudar essas situações negativas no país e depois encorajar e recomendar vivamente uma maior integração europeia. As políticas da União Europeia têm vindo a agravar todas as desigualdades e a incapacitar o país na senda do desenvolvimento, diminuindo-o", sustentou o dirigente do Bloco de Esquerda.
Ou seja, na perspetiva de Luís Fazenda, na mensagem do Presidente da República "a solução não coincide com o diagnóstico".
"Nesse sentido, o Bloco de Esquerda irá confrontar-se abertamente com todas as outras opiniões nas próximas eleições europeias e para a Assembleia da República. Aliás, o Presidente da República íntima a que todos os partidos o façam. Nós fá-lo-emos", indicou.
Luís Fazenda afirmou, nesse contexto, que as bandeiras do Bloco de Esquerda passarão por "retomar os direitos do trabalho, reforçar os serviços públicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde".
"Não deixaremos de combater por estes objetivos em todas as eleições com grande grau de exigência e clareza na formulação das propostas políticas", acrescentou.
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