Em resposta, o ministro Adalberto Campos Fernandes disse que os concursos “vão ser realizados antes do período oficial de férias, que é agosto”.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tinha já escrito aos ministros da Saúde e das Finanças a apelar para que fossem abertos rapidamente os concursos para colocar centenas de médicos recém-especialistas nas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os sindicatos médicos, tal como hoje o Bloco manifestou, temem que se repita este ano o atraso que se verificou com os médicos que terminaram a especialidade em 2017 e que esperaram mais de 10 meses para serem colocados, acabando alguns por desistir de esperar e abandonar o SNS.
Os sindicatos exigem a abertura imediata de concursos e avisam que a incerteza quanto ao calendário, bem como os atrasos, são um fator de saída de jovens médicos do SNS.
Em causa estão, nesta primeira fase, concursos para colocar cerca de 800 jovens médicos hospitalares e 300 de medicina geral e familiar, segundo disse à agência Lusa o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha.
Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já veio alertar que atrasos na abertura de concursos ou incerteza sobre o calendário a seguir é “um forte motivo de saída de jovens médicos do SNS”.
Sobre as vagas abertas para o internato médico, que voltam a deixar de fora do acesso à especialidade cerca de 700 médicos, o ministro da Saúde estimou que o país só tenha condições de formar um acréscimo de 100 a 150 médicos por ano.
"Tudo faremos para, com a Ordem dos Médicos, maximizar as vagas para internato. Mas em condições ótimas conseguiremos formar mais 100 a 150 médicos por ano, mas não mais do que isso", afirmou.
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