No exterior, nas ruas de Glasgow, membros da Extintion Rebellion marchavam e bloqueavam a Waterloo Street pela defesa do planeta, nas imediações dos escritórios da JP Morgan, banco que acusam de continuar a investir nos combustíveis fósseis. No interior, numa das sessões desta terça-feira da 26.ª Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), Jeff Bezos defendia a sua viagem ao espaço.
"Foi-me dito em julho, quando fui ao espaço com a Blue Origin, que ver a Terra do espaço muda a lente com que vemos o mundo. Mas eu não estava preparado para o quanto que [essa afirmação] seria verdade", disse o líder da Amazon e da Blue Origin, empresa que já começou a trilhar o caminho do turismo espacial. "Olhando para a Terra, lá de cima, a atmosfera parece tão fina, o mundo tão finito, tão frágil", reiterou, citado pelo The Guardian.
Afirmando que se trata de "um ano crítico" e que temos "de nos unir para proteger o nosso mundo", frisou que a responsabilidade de o salvar e de resolver a crise climática não pode ser imputada exclusivamente aos governos, organizações não-governamentais e filantropia.
"O setor privado tem de ter também um papel para reduzir as emissões de carbono", indicou, para depois anunciar que faz intenção de que os seus negócios sejam alimentados totalmente a energia renovável em 2025, além de que está a trabalhar no sentido de a frota dos meios de transporte de entrega da Amazon se torne elétrica.
Estas declarações surgem depois de o Príncipe William criticar os bilionários que estão na senda da corrida espacial, defendendo que as mentes brilhantes deviam de se concentrar em salvar o planeta Terra e não em ver quem conquista primeiro o Espaço.
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