O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, receberá Biden no aeroporto de Belfast, cidade onde foi assinado em 1998 o Acordo da Sexta-feira Santa, após longas negociações com a participação dos governos de Londres, Dublin e Washington.
O acordo pôs fim ao conflito sangrento entre os partidários da manutenção do território no Reino Unido (protestantes unionistas) e os defensores da reunificação das duas Irlandas (católicos republicanos) que causou cerca de 3.500 mortos e 40.000 feridos.
Biden, que é de ascendência irlandesa, seguirá depois para a República da Irlanda, onde ficará até 14 de abril. O presidente dos EUA vai visitar Ballina, a cidade dos seus ancestrais.
Num discurso no Parlamento irlandês, Biden "celebrará os laços profundos e históricos" que o país partilha com os Estados Unidos, segundo a Casa Branca.
O chefe de Estado norte-americano – que chega um dia depois da data do aniversário, 10 de abril – indicou que esta visita pretende também sublinhar a prontidão dos Estados Unidos para apoiar o potencial económico da Irlanda do Norte.
Mas as crises naquele território não ficaram encerradas no passado. Um quarto de século depois, a Irlanda do Norte enfrenta uma grave crise política. As instituições do país estão bloqueadas há mais de um ano por divergências vinculadas à saída do Reino Unido da União Europeia.
Alguns incidentes foram registados na segunda-feira na cidade fronteiriça de Londonderry, quando jovens encapuzados lançaram bombas incendiárias contra viaturas da polícia.
Rishi Sunak deseja aproveitar o aniversário do acordo para obter o desbloqueio institucional e usará a visita de Biden "para celebrar os êxitos da Irlanda do Norte, além de estimular investimentos a longo prazo", de acordo com Downing Street.
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