Ao lado de uma banca de venda de legumes, Catarina Martins afirmou aos jornalistas que o Governo “tem de cumprir, pelo menos, o mínimo de convergência que é acabar com o fator de sustentabilidade” para quem tem longas carreiras, de corte de 3,5% à cabeça, na reforma.
“Não tem sentido para quem já trabalhou 40 anos, descontou, tem mais de 60 anos, ter três penalizações à sua capacidade de aceder à reforma por inteiro”, disse.
Catarina Martins lembrou que as pessoas veem a idade de reforma a ser aumentada todos os anos – está nos 66,5 anos -, o fator de sustentabilidade para a Segurança Social, além do corte de 0,5% por mês até à idade de reforma.
Para Catarina Martins, o projeto de lei responde ao que mais ouviu das pessoas na feira, “a necessidade de acabar com o fator de sustentabilidade para quem tem mais de 60 anos, com 40 anos de descontos.
Os bloquistas defendem que “qualquer pessoa com 60 anos e com 40 anos de desconto deve ter acesso à reforma por inteiro”.
Mas como “o Bloco não é Governo”, Catarina Martins afirmou que o executivo “tem, pelo menos, de cumprir aquele mínimo de convergência, que é acabar com o fator de sustentabilidade, para quem está nestas condições, e acabe com o corte de 3,5% à cabeça”.
Minutos antes, junto a uma banca de pão, um homem, mais idoso, queixava-se da reforma pequena que recebe e outra mulher, numa banca de fruta, queixou-se dos salários, dois temas de que a líder bloquista falou aos jornalistas.
A quem com ela falou, e foi bem recebida, Catarina Martins disse estar ali para prestar contas aos eleitores, além de distribuir o novo jornal do partido.
Catarina Martins lembrou que 2018 será o primeiro ano em que os portugueses vão receber 14 meses de salários, “sem cortes nem sobretaxas”, depois das medidas de austeridades decretadas pelo Governo, no tempo da “troika” e revertidas pela atua maioria.
O projeto de lei dos bloquistas entrou na Assembleia da República na sexta-feira.
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