A bola de fogo, que percorreu o sudoeste da Península Ibérica, foi observada por um projeto científico espanhol a uma velocidade de 227.000 quilómetros por hora.
O acontecimento foi detetado pelos sensores do projeto SMART, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC), dos observatórios astronómicos de Calar Alto (Almeria), Sevilha e La Hita (Toledo).
Segundo a análise do principal investigador do projeto SMART, José María Madiedo, do IAA-CSIC, a bola de fogo foi registada às 03:49 de segunda-feira.
O fenómeno ocorreu quando uma rocha de um asteroide entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade de cerca de 227.000 quilómetros por hora e, devido à sua grande luminosidade, pôde ser vista numa grande parte do sul e centro de Espanha.
A colisão com a atmosfera a esta velocidade fez com que a rocha se tornasse incandescente, gerando assim uma bola de fogo que começou a uma altitude de cerca de 132 quilómetros a oeste da Andaluzia.
A partir daí, seguiu uma trajetória para oeste, extinguindo-se a uma altitude de cerca de 60 quilómetros acima do sul de Portugal.
Os detetores do projeto SMART operam no âmbito da Rede Meteorológica e de Observação da Terra do Sudoeste da Europa (SWEMN), que visa monitorizar continuamente o céu, com o intuito de registar e estudar o impacto na atmosfera terrestre de rochas de diferentes objetos do Sistema Solar.
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