"Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura faz-se presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças à sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária", disse Bolsonaro.
"A nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento económico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis", acrescentou o chefe de Estado brasileiro.
Depois do discurso, Bolsonaro foi questionado por sobre o tema ambiental num breve painel de perguntas dirigido por Klaus Schwab, presidente do fórum Económico Mundial, ocasião em que voltou a defender que a política adotada no país nesta área será positiva.
"Hoje, 30% do Brasil são florestas. Então, nós damos, sim, exemplo para o mundo. O que pudermos aperfeiçoar, faremos. Nós pretendemos estar sintonizados com o mundo na busca da diminuição de gás carbónico e na preservação do meio ambiente", disse.
Desde que foi eleito Presidente, em outubro do ano passado, a preservação ambiental no Brasil, que detém no seu território grande parte da floresta amazónica, tem sido foco de preocupação.
Isto aconteceu porque Bolsonaro chegou a colocar em causa a manutenção do país no Acordo de Paris, disse que não irá criar nenhuma nova reserva ambiental e chegou a colocar em causa a manutenção de reservas indígenas já reconhecidas pelo Governo em declarações públicas.
A 49.ª reunião anual do Fórum Económico Mundial arrancou hoje e terá com temas centrais debates sobre a Globalização 4.0 e as alterações climáticas.
Esta edição do Fórum é marcada pela ausência do Presidente norte-americano, Donald Trump, bem como por toda a delegação oficial dos Estados Unidos, e também dos líderes políticos da França e Reino Unido.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, lidera a comitiva portuguesa a Davos. A Europa também será representada pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.
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