O presidente da federação, António Carvalho, disse à Agência Lusa que apenas três das 56 corporações de bombeiros voluntários estão a informar o CDOS de Lisboa.
António Carvalho adiantou que esta suspensão de informação operacional ao CDOS vai manter-se até que “o Governo volte à mesa das negociações e aceite as reivindicações dos bombeiros”.
No sábado, o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decidiu suspender toda a informação operacional aos CDOS desde as 00:00 de domingo, em protesto contra as propostas aprovadas na reunião do Conselho de Ministros de 25 de outubro, na área da proteção civil, com a maior contestação centrada nas alterações à lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergências e Proteção Civil, futuro nome da atual Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O presidente da LBP, Jaime Marta Soares, e a ANPC garantiram que a suspensão de informações operacionais por parte dos bombeiros à ANPC não compromete o socorro à população.
Em resposta à LBP, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou que a suspensão de informações operacionais por parte dos bombeiros à ANPC é ilegal e coloca em causa a segurança das pessoas ao afetar a coordenação de meios de resposta.
A LBP reivindica uma direção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa disse ainda que as cinco corporações dos bombeiros voluntários do concelho de Oeiras decidiram tocar todos os dias às 21:00 as sirenes durante um minuto como forma de protesto.
António Carvalho adiantou que a federação vai reunir, na terça-feira, para decidir se este protesto se vai alargar a outras corporações do distrito de Lisboa.
Comentários