"Como presidente do júri - e mais importante, como um eterno cinéfilo - estou pronto para contemplar e aplaudir todos os ótimos filmes selecionados pelo festival", disse o realizador de "Parasitas", em comunicado.
O festival de cinema de Veneza decorrerá de 01 a 11 de setembro e o júri, que Bong Joon Ho vai presidir, atribuirá vários prémios aos filmes da competição, entre os quais o Leão de Ouro.
O diretor do festival, Alberto Barbera, recordou que esta é a primeira vez que um realizador sul-coreano é nomeado para presidir ao júri, e que a decisão demonstra que cineastas de todo o mundo podem considerar Veneza a "segunda casa".
Bong Joon Ho, 51 anos, fez os primeiros filmes na década de 1990, contando na filmografia com obras como "Memories of murder" (2003), premiado emm San Sebastian (Espanha), "The Host - A criatura" (2006), "Mother - Uma força única" (2009), ambos estreados em Cannes (França).
Em 2013 assinou a primeira produção internacional, com elenco ocidental, com "Snowpiercer - O expresso do amanhã" (2013), seguindo-se "Okja" (2017), o filme que causou polémica por ter estreado em Cannes e apenas na plataforma Netflix.
A consagração internacional deu-se com "Parasitas" (2019), uma comédia, tragédia sul-coreana, reflexão sobre ricos e pobres e diferenciação social, que em 2020 conquistou vários prémios, entre os quais a Palma de Ouro em Cannes, e fez história nos Óscares, porque nunca antes um filme estrangeiro tinha vencido o prémio de melhor filme.
"Parasitas" venceu ainda os Óscares de Melhor Realização, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Argumento Original.
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