“Os ataques com mísseis de hoje na Ucrânia contra civis e infraestrutura civil, com destroços a atingir uma aldeia na Moldova, é outra violação do direito internacional humanitário. É uma tentativa brutal da Rússia de destruir instalações críticas antes do inverno”, escreveu no Twitter o também vice-presidente da Comissão Europeia.
“A UE está com a Ucrânia”, acrescentou Borrell, depois de a Rússia confirmar os ataques ocorridos hoje com mísseis de alta precisão às infraestruturas de energia ucranianas.
O Governo ucraniano denunciou hoje “ataques maciços”, simultaneamente com mísseis e drones, em 10 regiões do país onde 18 instalações foram danificadas, principalmente de energia, provocando cortes no fornecimento de eletricidade em diferentes locais, incluindo a capital, Kiev.
Os russos lançaram mais de 50 mísseis de cruzeiro, de acordo com as autoridades ucranianas.
Vários fragmentos de um dos mísseis destruídos pelo sistema de defesa antiaéreo ucraniano caíram na aldeia moldava de Naslavcea, localizada na fronteira com a Ucrânia.
O incidente levou a Moldova a declarar um diplomata russo em Chisinau ‘persona non grata’ e a denunciar que as ameaças da Rússia à segurança do país têm crescido.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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