“O que precisamos é de uma agenda para o Brasil. Mudanças no sistema de pagamento de pensões por reforma é uma necessidade. Agenda para o Brasil a gente ainda não viu formatada de forma ampla, completa, por esse Governo”, disse Maia ao jornal O Globo.
Para Rodrigo Maia, os deputados e o Governo brasileiro deveriam caminhar juntos para criar uma agenda capaz de cuidar do país, que, na sua opinião, estaria próximo de enfrentar um “colapso social” devido às altas taxas de desemprego e oferta ineficaz de serviços públicos.
“Estamos caminhando de forma muito rápida para esse colapso social”, frisou o presidente da câmara baixa, eleito pelo Democratas (DEM, centro-direita).
Sobre os protestos convocados por grupos de direita que apoiam Bolsonaro, na semana passada, durante os quais Maia e outros políticos de centro foram muito criticados, o presidente da Câmara dos Deputados disse que foi uma manifestação incentivada pelo Governo “atacando aqueles que podem ajudar a agenda do próprio Governo”.
“Manifestação é para ser respeitada. Foi uma manifestação basicamente do Governo atacando aqueles que podem ajudar a agenda do próprio Governo. Mas a agenda de reformas é maior que esse Governo”, considerou.
Questionado sobre os protestos organizados por estudantes e professores contra o bloqueio de verbas na área da educação, que ocorreram no dia 15 e 30 de maio, Maia culpou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelo descontentamento popular.
“Acho que a sociedade foi para as ruas para tratar de educação por culpa do (…). No dia dos protestos ele fez uma apresentação com um guarda-chuva, batendo [criticando] a bancada parlamentar do Rio de Janeiro”, disse Maia.
“Ele não é ator. É ministro da Educação. Respeito ele, mas acho que está errando. E está errando contra o Governo. Um ministro da Educação, [tem que ter uma] cabeça racional, não emocional”, concluiu.
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