De acordo com o diário brasileiro, a iniciativa é da consultora Cause, em parceria com o instituto Big Data.
“Queremos mobilizar a sociedade, mas para isso é preciso entendê-la”, declarou ao jornal Leandro Machado, sócio da Cause, sobre a motivação do concurso.
As outras palavras finalistas foram ‘vergonha’, ‘tensão’, ‘crise’ e ‘mudança’.
Na primeira eleição, que ocorreu em 2016, a vencedora foi a palavra ‘indignação’.
Segundo Leandro Machado, para quem o quadro de finalistas aponta uma visão pessimista do povo, o Brasil agora “está dando nome aos bois” com os quais se encontra indignado.
“É uma boa iniciativa para ter uma ideia de qual é o espírito da época no Brasil”, disse o responsável, também licenciado em Ciência Política pela Universidade de Brasília e fundador da Rede de Ação Política e Sustentabilidade (RAPS), uma espécie de caça-talentos para a política brasileira.
“As palavras fazem um retrato fiel do que o Brasil passou este ano”, referiu o sócio da Cause, ano em que o país viu o “estado da corrupção disseminada”.
A palavra do ano é decidida por voto popular e pela opinião de cinco jurados. Na primeira etapa da pesquisa, iniciada em outubro, nove mil pessoas citaram, de forma espontânea, mais de mil palavras através do aplicativo PiniOn.
Entre as 40 mais mencionadas, os jurados escolheram cinco finalistas que “melhor representavam o conjunto”, segundo Leandro Machado, e que foram votadas pelo público para se chegar à vencedora.
De acordo com o responsável, o concurso no Brasil inspirou-se em modelos de concursos de palavras do ano como do Dicionário Oxford, no Reino Unido, e da Sociedade da Língua Alemã (GfdS).
Em ambos, um júri faz a seleção da palavra, mas o modelo brasileiro resolveu também adotar a participação popular.
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