“Tomámos a decisão operacional de suspender os nossos voos de e para Telavive até quarta-feira, 28 de agosto, inclusive”, disse um porta-voz da empresa, que destacou a segurança como “a principal prioridade” da empresa.
A British Airways disse que já contactou os seus clientes para os informar sobre “as suas opções de viagem”.
Várias outras companhias aéreas anunciaram a suspensão dos seus voos para destinos como Beirute ou Telavive devido à escalada do fogo cruzado entre Israel e as milícias do grupo xiita libanês Hezbollah na fronteira entre o Líbano e Israel.
A companhia ‘low cost’ húngara Wizz Air anunciou igualmente a “suspensão temporária” dos seus voos entre o aeroporto de Luton, perto de Londres, e Israel, “devido à escalada da situação na região”, segundo a agência britânica PA.
A Wizz Air não especificou quantos dias duraria a suspensão.
Por seu lado, a Virgin Atlantic indicou que iria prolongar a suspensão dos seus voos diários entre o aeroporto de Heathrow, em Londres, e Telavive, após uma “avaliação de segurança”.
A companhia aérea, cujos voos seriam retomados em 05 de setembro, adiou esta data para 25 do mesmo mês.
Os voos regulares da Air France, Transavia, Emirates, Etihad, Qatar Airways, Jordanian Airlines, Aegean Airlines, e alguns voos ‘charter’ para o Aeroporto Internacional de Beirute e para o Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive foram também suspensos.
No caso da Air France, a suspensão foi decidida “pelo menos” até à próxima segunda-feira, altura em que será tomada uma nova decisão com base na situação, segundo um comunicado da companhia.
A principal companhia aérea europeia, a alemã Lufthansa, anunciou na sexta-feira que iria prolongar a suspensão dos seus voos para Beirute até 30 de setembro, e até 02 de setembro para Telavive e Teerão.
O Hezbollah iniciou hoje a sua retaliação pelo assassínio do seu principal comandante, Fuad Shukr, lançando centenas de ‘rockets’ e drones contra o norte de Israel, depois de quase um mês de tensão e com ambos os países na iminência de uma guerra aberta.
A formação libanesa (apoiada pelo Irão) concluiu a operação “por hoje” e disse que se trata de uma “primeira fase” da resposta à morte de Shukr, atingido por um bombardeamento israelita contra um edifício nos subúrbios a sul de Beirute.
O início da resposta do Hezbollah ocorreu após 72 horas de intensos bombardeamentos israelitas em vários pontos no Líbano, no que descreveu como ataques preventivos.
A crise entre Israel e o grupo libanês encontra-se no seu pico mais elevado desde 2006, com trocas de tiros diárias nas regiões fronteiriças dos dois países desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023, deixando cerca de 1.200 mortos e levando mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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