A cerimónia decorre junto à saída do Metropolitano da Pontinha e contará com a presença do presidente do município, Fernando Medina.
A Associação Portuguesa de Empresas de Diversão, que agendou para este mês iniciativas de protesto, em defesa da “sustentabilidade da atividade”, anunciou que irá estar presente no arranque das obras.
Falando na semana passada no debate anual sobre o estado da cidade, promovido pela Assembleia Municipal de Lisboa, Fernando Medina anunciou que as obras de construção da Feira Popular" iriam iniciar-se "através das demolições das construções que ali se encontram”.
Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, o município precisa que em causa estão cinco construções, “uma antiga carpintaria e anexos”, e adianta que estes trabalhos de demolição “deverão decorrer durante cerca de um mês”.
Segue-se a “remoção dos escombros e, posteriormente, a limpeza do terreno”, para na fase seguinte se realizar “a construção das acessibilidades e estacionamento”.
Questionada sobre eventuais implicações no trânsito, a autarquia explica que “pontualmente haverá necessidade de desvios e condicionamentos necessários aos trabalhos de construção das acessibilidades e estacionamento”, mas garante que, nesta fase inicial, isso não se coloca.
A Feira Popular de Lisboa foi criada em 1943 para financiar férias de crianças carenciadas e, mais tarde, passou a financiar toda a ação social da fundação O Século.
Antes de Entrecampos, onde fechou em 2003, a feira funcionou em Palhavã.
No final do ano passado, mais de 12 anos depois do encerramento, a autarquia anunciou que a Feira Popular iria voltar, inserida num parque urbano de 20 hectares em Carnide.
Com os protestos anunciados, a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED) pretende mostrar que “está em causa a atividade dos carrosséis itinerantes”.
De acordo com o presidente da APED, Luís Paulo Fernandes, há “três ou quatro anos” que estes empresários têm vindo a ser pacientes, com os governantes a pedirem confiança e dando como justificação para os atrasos na regulamentação do setor “primeiro a ‘troika’ e depois os governos instáveis”.
Desde 2013 que estes empresários reivindicam a aplicação da resolução 80/2013, aprovada por todos os partidos políticos no parlamento e publicada em Diário da República.
O documento “recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão”.
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