“Apelo a todos os mortaguenses que unam esforços em torno da proteção civil e dos bombeiros, de forma que possamos ultrapassar este momento trágico que quase arrasou o nosso concelho”, lê-se na sua página pessoal da rede social Facebook.
O autarca de Mortágua aludiu à última tarde e noite “de luta fratricida contra um fogo jamais visto”, em que os bombeiros, equipas de sapadores florestais e populares, sem qualquer apoio extra concelho, “conseguiram o milagre de, até esta data, não existir nenhuma vítima mortal”.
“Apenas alguns queimados de gravidade relativa. Pedimos a colaboração e solidariedade de todos de forma que seja possível identificar as situações de maior gravidade para que a resposta seja o mais rápida e eficiente possível”, acrescentou.
De acordo com José Júlio Norte, continuam a existir alguns constrangimentos no concelho, nomeadamente nas transmissões que espera que “sejam resolvidas no mais curto espaço de tempo.
“Das redes telefónicas, a que tem tido melhor comportamento é a rede MEO. Em caso de emergência podem utilizar como apoio o número 961223105″, informou.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.
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