“Perante este contexto de inflação e subidas de taxas de juro, temos que fazer escolhas e, entre fazer obras e fazer festas, preferimos a primeira”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Penacova, Álvaro Coimbra (PSD).
O autarca sublinhou que o orçamento para 2023 sofreu cortes “em praticamente todas as rubricas”, exceto no apoio aos bombeiros voluntários e às freguesias, face à crise que se vive, recordando que, em 2012, também não se realizaram as festas concelhias “pelas mesmas razões”.
“É uma opção nossa. Iremos fazer outros eventos, mas as festas puras e duras, que coincidem com o feriado municipal, não poderemos fazer”, referiu, apontando para outros eventos que serão realizados este ano, como um ‘trail’ ou um evento dedicado à ‘street food’.
O feriado municipal, que decorre a 17 de julho, será “celebrado com a parte protocolar”, mas não haverá festas, acrescentou.
Segundo Álvaro Coimbra, as festas tiveram um custo de cerca de 150 mil euros em 2022.
No final de 2022, o município viu-se obrigado a contrair um empréstimo de cerca de 820 mil euros para fazer face à revisão de preços de quatro empreitadas que estavam em curso neste concelho do distrito de Coimbra.
Na altura, Álvaro Coimbra realçava que 2023 seria um ano “de muita contenção” para a autarquia, criticando ao mesmo tempo a ausência de apoios por parte do Governo aos municípios, face ao contexto difícil que estes atravessam.
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