Em causa está a decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), tutelada pelo Ministério da Saúde, de encerrar o Serviço de Atendimento Complementar (SAC) de Santa Iria da Azóia, que funcionava nos dias úteis no centro de saúde local das 20:00 às 22:00.
Em protesto, um grupo de utentes realizou na segunda-feira uma concentração junto à unidade de saúde para contestar o encerramento deste serviço.
A alternativa para os utentes que necessitem de recorrer a este serviço será na cidade vizinha de Alverca.
Contactada pela Lusa, fonte da ARSLVT explicou que essa decisão foi discutida com a junta de freguesia e com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sublinhando que, com a criação da Unidade de Saúde Familiar na Póvoa de Santa Iria, verificou-se que ao SAC estão a recorrer sobretudo utentes com médico de família.
No entanto, num comunicado enviado hoje à Lusa, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira negou que o município ou a junta de freguesia tenham tido qualquer envolvimento direto na decisão da ARSLV, manifestando apreensão.
"Quer a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, quer a Junta de Freguesia da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, não tiveram qualquer envolvimento direto na decisão tomada, que aliás se prende com a gestão dos Centros de Saúde, cuja competência é exclusivamente da ARS. A medida foi previamente comunicada e não discutida", ressalva a autarquia.
A nota sublinha ainda que autarquia recebeu alguns esclarecimentos complementares por parte da ARSLVT, mas "persistem muitas reservas quando à eficácia da decisão, considerando que a mesma pode vir a causar impactos negativos à boa prestação dos serviços no centro de saúde de Alverca e no hospital de Vila Franca de Xira".
"Nessa medida, a Câmara Municipal solicitou já uma reunião para avaliar esta questão, na perspetiva da reposição destes serviços com brevidade.
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