Sob o olhar do primeiro-ministro, Hun Sen, os cambojanos assistiram hoje a uma missa comemorativa do fim do regime maoista Khmer Vermelho, liderado pelo tirano Pol Pot, que vigorou entre 1975 e 1979, causando sofrimento e perseguição a milhares de cidadãos e matando cerca de dois milhões de pessoas.
“Hoje celebramos este momento para reavivar a memória inefável dos crimes mais odiosos do regime de Pol Pot”, disse Hun Sen, ele próprio um ex-Khmer Vermelho.
O regime de Pol Pot caiu em 07 de janeiro de 1979, resultado de uma ofensiva vietnamita envolvendo Hun Sen, que desertou do regime e se refugiou no Vietname.
Hun Sen, que está no poder há mais de 30 anos, tem-se afirmado como referência política e servido como a única defesa contra o regresso à guerra civil.
O primeiro-ministro tem comparado a atual oposição ao seu governo ao regime Khmer Vermelho, o que justificou que tivesse proibido o principal partido opositor, o Partido Nacional de Resgate do Camboja (CNRP), bem como a prisão do seu líder, Kem Sokha.
Hun Sen voltou a prometer, hoje, que impedirá “as ações de políticos extremistas da oposição e estrangeiros que estão por trás deles”.
Kem Sokha, está atualmente em prisão domiciliar, aguardando julgamento, acusado de querer fomentar uma revolução com o apoio de Washington.
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