“A partir de [terça-feira] temos que dar resposta tanto a estes empresários como a outros que querem estar no setor e continuar a trabalhar pelo futuro deles e dos filhos”, disse o presidente da ANTP, Márcio Lopes, aos jornalistas, em Lisboa, depois de uma reunião no Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.
De acordo com o responsável, ao contrário do que estava agendado, ausente da reunião esteve o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins.
“Debatemos alguns temas que estavam em cima da mesa, [mas] não nos deram respostas àquilo que está ou estava a ser feito. Aquilo que ficou prometido é que a partir de [terça-feira] vamos reunir, novamente, vamos trabalhar na regulamentação do setor”, acrescentou.
Em cima da mesa vai continuar a estar a reivindicação do Contrato Coletivo de Trabalho, melhores condições de trabalho e ainda o preço dos combustíveis.
“É possível que amanhã [terça-feira] consigamos ter respostas positivas, tudo depende do que o Governo queira fazer […]. Se não conseguirmos, a luta irá ser posta em prática, como era para ter sido hoje, se nós não conseguíssemos respostas do Governo”, vincou.
Segundo Márcio Lopes, a reunião desta terça-feira vai contar com a presença de Guilherme W. d’Oliveira Martins, do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e com uma representação da Autoridade Tributária.
Várias manifestações contra o aumento das taxas de combustível, interromperam hoje o trânsito automóvel e bloquearam as bombas de combustíveis em toda a França.
Mais de 10 mil camionistas portugueses foram afetados pelos protestos que não permitiram a circulação normal dos veículos, conforme já tinha confirmado hoje à Lusa Márcio Lopes.
As manifestações em causa são organizadas pelos “coletes amarelos”, um movimento cívico criado em França, à margem de partidos e sindicatos, nas redes sociais e que está contra o aumento dos impostos dos combustíveis e a diminuição do poder de compra.
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