O presidente do GAT, Luís Mendão, foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Saúde, no âmbito do grupo de trabalho para a utilização da canábis com fins medicinais, e que foi criado depois de o Bloco de Esquerda (BE) e o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) terem apresentado projetos de lei que preveem o autocultivo da planta e que 'baixaram' à especialidade.
A organização não-governamental em defesa dos direitos das pessoas com VIH/sida concorda com o "uso mais restrito, com indicação terapêutica", da planta e seus derivados, como óleos, mas discorda do autocultivo associado a esse fim, defendendo "a venda com prescrição médica".
Luís Mendão desafiou, no entanto, o parlamento a "fazer a discussão da legalização da canábis para consumo de adultos", independentemente do seu fim, depois de "resolvida a canábis terapêutica".
Para o dirigente do GAT, "a proibição de uma substância que é usada por dois por cento da população", para fins recreativos ou alívio de sintomas de doenças, e "fez crescer a venda no mercado negro não é uma resposta muito adequada".
O uso medicinal da canábis tem gerado controvérsia, com a Ordem dos Farmacêuticos a manifestar-se contra, alegando falta de dados científicos que comprovem a sua eficácia e segurança e a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) a concordar sob condições controladas e específicas.
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