De acordo com a leiloeira, o par de candelabros que pertenceu originalmente ao conde e barão português irá a leilão nesse dia com uma estimativa que varia entre as 400 mil libras (cerca de 448 mil euros) e as 600 mil libras (672 mil euros).
Henrique Teixeira de Sampaio, nascido em Angra, em 1774, que morreu em Lisboa, em 1833, foi um comerciante e político português que teve forte influência, como principal credor do Estado, na condução da política financeira da última fase do reinado de D. João VI de Portugal.
Exerceu as funções de secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, entre 1823 e 1825, e foi o maior acionista do Banco de Lisboa, antecessor do atual Banco de Portugal.
De acordo com a Christie's, os candelabros estão agora na posse de um colecionador europeu privado, e serão leiloados pela primeira vez ao fim de 30 anos.
As peças em prata, decoradas com figuras em relevo de plantas, bacantes e animais, com cerca de 70 centímetros de altura, foram herdadas pela filha do antigo ministro da Fazenda, Maria Luísa de Sampaio Noronha (1817-1891), que se casou, em 1836, com Domingos de Sousa Holstein, 2.º Duque de Palmela (1818-1864), e permaneceram na Casa Palmela, com a família, até 1976.
São peças produzidas por Paul Storr, uma artífice britânico que o Conde da Póvoa conheceu, e de quem foi patrono durante as suas passagens por Inglaterra, e que refletiam também os fortes laços políticos e económicos entre Portugal e aquele país, durante o século XIX.
Os candelabros foram vendidos pela Christie's, em Genebra, em 1976, e, depois, em 1988, pela Sotheby's, em Nova Iorque, a colecionadores privados.
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